Curdistão iraquiano descarta exigência de Bagdá de anular votação sobre independência

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As autoridades do Curdistão iraquiano rejeitaram neste domingo (15) a exigência do governo iraquiano de anular os resultados do recente referendo sobre a independência da região como precondição para as futuras negociações de paz.

Os líderes curdos, reunidos para discutir a crise na cidade de Dokan, reiteraram sua proposta de "resolver pacificamente" a crise entre a região e Bagdá, afirmou Hemin Hawrami, assessor do presidente do governo regional curdo, Masoud Barzani, no seu Twitter.

O encontro em Dukan entre o Partido Democrático do Curdistão (KDP) e a União Patriótica do Curdistão (PUK) terminou. A boa notícia é que reiteramos nossa unidade nacional perante toda a pressão. [Reiteramos também] nossa disponibilidade para alcançar uma solução pacífica para o atual impasse na área. Rejeitamos uma opção militar, mas estamos preparados para nos defendermos.

​Segundo a Reuters, no encontro compareceram o atual presidente da região do Curdistão iraquiano, Massoud Barzani, o presidente iraquiano Fuad Masum e Hero Talabani, viúva de Jalal Talabani, líder curdo que morreu nesse mês.

Apesar de renovar sua proposta de resolução pacífica, as autoridades curdas descartaram aquilo que consideram como "ameaças militares" por parte das tropas iraquianas em relação às forças peshmerga e se comprometeram a defender o território curdo no caso de um eventual ataque.

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As tensões entre o governo federal e a região autônoma têm se agravado na sequência do referendo realizado em 25 de setembro, no qual mais de 90% dos participantes votaram a favor da secessão de Bagdá.

As autoridades iraquianas, por sua vez, qualificaram o referendo como ilegítimo, enquanto a Turquia e o Irã criticaram o voto devido aos receios de que a votação possa agravar os movimentos separatistas dos curdos nos seus próprios territórios.

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