General sírio conta como terroristas usam 'guerra subterrânea' para prejudicar tréguas

© AFP 2023 / StringerForças governamentais sírias observando túnel destruído nos arredores de Damasco, 14 de maio de 2017
Forças governamentais sírias observando túnel destruído nos arredores de Damasco, 14 de maio de 2017 - Sputnik Brasil
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Terroristas utilizam uma rede de túneis subterrâneos nos arredores de Damasco tentando neutralizar os esforços para criar zonas de desescalada, disse aos jornalistas o general sírio Nabil Isra.

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Segundo o general, tais subterrâneos permitem aos militantes da Frente al-Nusra (organização terrorista proibida na Rússia) se transferirem clandestinamente entre quarteirões da cidade e abrirem fogo contra forças governamentais e da oposição, fazendo com que estas rompam o cessar-fogo.

"Claro que os militantes correm riscos quando escavam seus túneis, que muitas vezes se desmoronam. Mas isso não os faz parar. Eles voltam para o lugar do desmoronamento e continuam cavando, pois a guerra subterrânea é muito eficaz. Eles atiram contra as nossas posições, mas quando nós abrimos fogo eles já estão todos debaixo de terra", contou o general.

A maioria dos túneis foram escavados por militantes à mão, mas alguns foram feitos com utilização de uma máquina caseira, acrescentou Nabil Isra. A extensão total dos túneis atinge 50 quilômetros, portanto permite a transferência de unidades inteiras.

Cansados da guerra e dos crimes de terroristas, os locais mostram as saídas desses túneis. Os militares os fazem explodir logo após a descoberta.

"A maior parte dos subterrâneos de Damasco já foi detectada e destruída", declarou.

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Os militantes usam a tática de guerra subterrânea não apenas na capital da Síria. Em Aleppo, assim como na recém-libertada Akerbat e no leste da província de Hama, havia túneis parecidos.

Na cidade de Akerbat, os militantes até conseguiram construir uma cidade subterrânea, cujos túneis atingiam entre 100 e 800 metros, permitindo transferir reservas de uma área para outra. Os túneis foram destruídos por drones da Força Aeroespacial da Rússia.

O Exército sírio acredita que os militantes podem ter criado tal rede também em Deir ez-Zor.

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