Para analista, tensões entre Teerã e Washington continuam crescendo

CC BY 2.0 / Bastian / A Embaixada dos EUA em Teerã tem muitas pinturas antiamericanas nas suas paredes, 2007
A Embaixada dos EUA em Teerã tem muitas pinturas antiamericanas nas suas paredes, 2007 - Sputnik Brasil
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No primeiro semestre de 2017, começou uma nova etapa nas divergências entre Irã e Washington. A pesquisadora Irina Fyodorova analisa o futuro das relações em um artigo para o Conselho de Assuntos Internacionais da Rússia.

O presidente dos EUA, Donald Trump, não para de condenar energicamente o Plano de Ação Conjunto Global do programa nuclear do Irã assinado pela administração Obama e conhecido como Barjam, por sua sigla em persa e apesar de a República Islâmica do Irã continuar cumprindo todos os compromissos assumidos, Teerã continua recebendo duras críticas por parte do líder norte-americano e do Departamento de Estado.

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Os americanos acusam o Irã de violar o espírito do Plano de Ação Global e a Resolução do Conselho de Segurança 2331 que exortava terminar o programa de desenvolvimento de mísseis balísticos e acabar com as políticas agressivas no Oriente Médio.

O maior descontentamento é com as ações do Irã na Síria, Iraque, Líbano e Iêmen e com o apoio às organizações Hezbollah e Hamas. Além disso, os Estados Unidos se pronunciam contra as violações de direitos humanos nas prisões iranianas.

Caso os EUA decidam sair do Barjam, isso pode gerar um precedente negativo para as possíveis negociações com a Coreia do Norte, destaca a cientista política.

"É muito provável que as políticas de ameaçar com sanções ao Irã continuem com a intenção que as dificuldades econômicas e o agravamento das condições de vida dificultem a implementação das atividades políticas do Irã na região e possam aumentar a insatisfação com o regime político existente", diz Fyodorova.

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No entanto, o agravamento da retórica dos EUA contra o Irã, "esta guerra psicológica, não ultrapassará o limite do discurso político", afirma a analista.

Do ponto de vista dela, a saída dos EUA do acordo nuclear poderia reduzir as capacidades das companhias americanas de chegarem ao mercado iraniano.

"Os riscos que Trump decida violar o tratado são muito grandes", resumiu a especialista.

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