"Não posso estar mais nesta Comissão que não faz absolutamente nada", explicou a antiga procuradora ao jornal suíço Blick, acusando ainda que o Conselho de Segurança da ONU não quer "fazer justiça". "Nós não tivemos sucesso. Permanecemos batendo com a cabeça na parede nos últimos cinco anos".
A Comissão da ONU foi criada em agosto de 2011, meses depois do início do conflito que se arrasta fazendo milhares de mortos e sem resolução próxima. A ideia era investigar violações dos direitos humanos durante a guerra. O órgão deveria reportar a ocorrência e as circunstâncias de supostos crimes, bem como identificar os perpetradores.Del Ponte trabalhou como Procuradora Geral do Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia e do Tribunal Penal Internacional para a Ruanda, além de atuar como embaixadora da Suíça na Argentina. Como investigadora para a Síria, a diplomata ingressou com um inquérito em 2012, relatando o "uso de armas químicas, o genocídio contra os Yazidi perpetrado pelo Estado Islâmico (Daesh) e as táticas de cerco e bombardeio de comboios humanitários".
Críticas recorrentes
Del Ponte já vinha criticando pesadamente a atuação da Comissão há algum tempo. Anteriormente, a diplomata tocou no assunto durante o festival de Locarno, dizendo que pensava que "a comunidade internacional tinha aprendido algo com [o Genocídio em] Ruanda, mas não, não aprendemos nada. Nada acontece [na Comissão], apenas palavras, palavras e palavras".
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