Fontes: Israel torna o presidente palestino Abbas 'prisioneiro' em Ramallah

© AFP 2023 / ABBAS MOMANIMahmoud Abbas
Mahmoud Abbas - Sputnik Brasil
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Israel foi acusado de sitiar Mahmoud Abbas, o presidente da Autoridade Palestina, dentro dos muros de cidade de Ramallah. Abbas foi acusado pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de contribuir para a tensão em Jerusalém.

Israel negou ter impedido Abbas de deixar Ramallah, a cidade onde a Autoridade Palestina está sediada, para visitar outras partes da Cisjordânia.

Mas o conjunto de incidentes relacionados com o Monte do Templo, em julho, provocou o agravamento das tensões na área, e o líder palestiniano foi acusado de redução da cooperação com as Forças da Segurança de Israel.

O Monte do Templo, considerado o terceiro lugar mais sagrado do Islã, foi equipado com detectores de metal e câmeras de vigilância depois do incidente ocorrido no dia 14 de julho, quando dois agentes policiais de Israel foram mortos.

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Porém, a introdução de detectores de metal levou a confrontações violentas nos bairros palestinos.

Abbas e seu movimento Fatah são mais populares na Cisjordânia que na Faixa de Gaza, que tem sido dominada pelos seus inimigos islamistas do Hamas.

Contudo, Abbas está gradualmente compreendendo que Israel, sob o governo de Netanyahu, não tem intenção de avançar em direção à solução de dois Estados, especialmente porque Donald Trump está agora na Casa Branca e este apoiou firmemente o lado de Israel.

O predecessor de Trump, Barack Obama, durante os oito anos de seu governo pouco ou nada fez para apoiar o direito dos palestinos à autodeterminação, mas ele não foi tão abertamente parcial como Trump.

O porta-voz de Abbas, Nabil Abu Rudeinah, disse que "o líder não vai deixar Ramallah por causa do congelamento das relações com Israel".

Mas a realidade é que Israel impôs sanções contra a Autoridade Palestina, incluindo restrições à possibilidade de Abbas visitar outras comunidades da Palestina, como Herbon, Belém e Nablus.

Nos meses recentes, Abbas ficou altamente impopular entre os palestinos comuns por ser considerado fraco e transigente face à agressão crescente por parte de Israel.

Abbas cortou os pagamentos pela eletricidade fornecida por Israel a Gaza numa tentativa de forçar o Hamas a firmar um acordo com a Fatah.

​Representantes da ONU disseram que o corte de energia prejudica mais os dois milhões de residentes de Gaza que o Hamas.

Anteriormente em agosto, Salah al-Bardawil, um membro do influente birô político do Hamas, revelou uma nova tentativa para reconciliação intrapalestina, que ele disse ser necessária graças "às vozes das massas palestinas que se revoltaram em Jerusalém e venceram a Batalha dos Portões de Al-Aqsa", se referindo às confrontações em julho cerca do Monte do Templo.

Estão igualmente crescendo as preocupações com a saúde de Abbas, que tem 82 anos e já passou por tratamento ao câncer, e a quem recentemente foram diagnosticados problemas cardíacos. Atualmente ele está incapaz de viajar até a capital de Jordânia, Amman, para fazer exames de saúde.

​Vale notar, que conversações entre Israel e Palestina não se têm realizado há três anos, e apesar de Trump ter visitado Abbas e apertado sua mão, ele disse que um acordo entre os dois lados será “um dos acordos mais complicados no mundo” para intermediar.

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