Funcionários de defesa e inteligência disseram à agência Associated Press que mais de 4.000 terroristas do Daesh permanecem posicionados no Iraque, mesmo após Mossul ter sido libertada. O relatório acrescentou que 7.000 militantes do grupo ainda estão em liberdade na Síria.
À medida que os números de Daesh diminuem, o problema das insurgências jihadistas no Oriente Médio continua a surgir. A AP distinguiu "militantes" de "apoiadores": suas fontes disseram que existem cerca de 8 mil indivíduos que ajudam o Daesh, mas que não são formalmente parte do grupo no Iraque e na Síria.
Os "apoiadores" do Daesh incluem mulheres, crianças e pessoas que geralmente o fazem para satisfazer seus próprios interesses. Eles podem fazer isso pagando um imposto tanto à Al-Qaeda quanto ao Daesh em troca de segurança. De acordo com Abrahams, eles "fazem o que quer que os militantes os desejem" e "ficam afastados".
Uma das características mais salientes do Daesh é que é o grupo "não-seletivo sobre quem pode se juntar", disse Abrahms. A organização terrorista é "altamente internacional" basicamente porque tem uma "política de portas abertas" para novos membros.
Em junho de 2016, o Departamento de Estado dos EUA estimou que "pelo menos 40 mil combatentes estrangeiros foram para o conflito [na Síria] vindos de mais de 100 países". A ONU estimou em abril que pelo menos 30 mil militantes estrangeiros estavam na Síria, embora "alguns lutadores estrangeiros já tenham retornado aos seus países de origem, espalhando violência em suas próprias comunidades".Uma rota importante para os combatentes chegarem à Síria foi a Turquia. A fronteira turca foi essencialmente "porosa", explicou Abrahms. "A Turquia era provavelmente a maior patrocinadora do [Daesh]", mas seu plano falhou em certa medida quando o Daesh lançou ataques terroristas contra os turcos, disse Abrahms.
"Muitas vezes, a contribuição russa para lutar contra o Daesh não é reconhecida", disse o especialista norte-americano à Sputnik."A abordagem de alguns dos nossos parceiros para enviar dezenas de milhares de toneladas de armas, e virar as costas, como com esses lutadores estrangeiros que entram na Síria, pode não ter sido a melhor abordagem", disse o enviado especial da Presidência dos EUA para a Coalização contra o Daesh, Brett McGurk em um evento do Instituto do Oriente Médio esta semana.
"A Al Qaeda aproveitou ao máximo… Idlib agora é um grande problema", acrescentou McGurk. A cidade de Idlib foi capturada no domingo passado por jihadistas da Hayat Tahrir al-Sham (anteriormente a Frente al-Nusra), um grupo que se alinha ideologicamente com a Al-Qaeda. A cidade estava sob o controle de rebeldes.
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