Por que Síria retira suas tropas de área controlada pelo Daesh?

© Sputnik / Mikhail Voskresensky / Acessar o banco de imagensSoldados do destacamento Falcões do Deserto celebram a liberação de Palmira, Síria, 27 de março de 2016 (foto de arquivo)
Soldados do destacamento Falcões do Deserto celebram a liberação de Palmira, Síria, 27 de março de 2016 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Durante uma operação antiterrorista, o Exército Árabe Sírio conseguiu retomar o controle de várias cidades estratégicas. No entanto, quanto à cidade de Akerbat, ocupada pelo Daesh, o alto comando sírio ordenou a retirada de uma unidade dos Falcões do Deserto dessa zona.

O especialista militar russo Ivan Konovalov explica, em entrevista à agência russa FAN, o sentido dessa ação realizada pelo comando sírio.

Segundo o especialista russo, os Falcões de Deserto na verdade não representam uma unidade do Exército sírio, mas são uma organização militarizada de Hama que trabalha nos interesses do presidente da Síria, Bashar Assad.

"Esse grupo é composto pelos efetivos mais experimentados e veteranos, e participa em combates por todo o país", explicou.

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Além disso, ele destacou que os jihadistas, que atualmente estão na cidadela e que chegaram de Raqqa ocupada pelo Daesh (organização terrorista proibida na Rússia), contam com armas estadunidenses e têm experiência suficiente, somente abandonariam a zona antes de realizar um "golpe decisivo" que possa dividir a Síria.

É por isso que as unidades aéreas russas, tais como os navios de mísseis, estão muito ativas. Assim, a Força Aeroespacial do país pretende "liberar o caminho" para seus aliados sírios. Por exemplo, os militares russos já realizaram vários lançamentos de mísseis de cruzeiro Kalibr desde o mar Mediterrâneo para destruir a infraestrutura dos jihadistas.

De acordo com o especialista político e jornalista independente, Aleksandr Asafov, mesmo os terroristas não qualificam as ruinas de Akerbat como uma "cidadela".

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Ao mesmo tempo, o especialista indicou que não há nenhumas ações táticas ou mudanças estratégicas por parte do Exército sírio. Segundo Asafov, "os nossos amigos sírios esperam que a Força Aeroespacial russa os apoie eliminando uma parte dos jihadistas, simplesmente não querem arriscar e avançam sem aumentar a intensidade".

"Se tivermos em conta o caráter geral dos combates ao redor de Akerbat, creio que o Exército Árabe Sírio está esperando um novo ataque aéreo da aviação russa. É essa a razão por que os militares sírios se abstiveram de tomar medidas mais enérgicas", concluiu o especialista.

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