É possível que Sri Lanka tenha feito isso cedendo à pressão política da Índia, considera a especialista do Instituto de Estudos Orientais Tatiana Shaumyan. O incidente com o submarino ocorreu na véspera da visita do primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremesinghe, a Pequim para participar em 14-15 de maio de um fórum sobre a cooperação internacional no âmbito da Rota da Seda.
As escalas de submarinos e outros navios de guerra em portos estrangeiros para reabastecimento é uma prática internacional normal. Se a permissão para entrar em qualquer porto não é dada, as razões para a recusa, como regra, não são explicadas e a posição do governo do país visitado não é comentada.
Assim aconteceu, por exemplo, no final de abril do ano passado, quando as autoridades chinesas não deram permissão para o porta-aviões americano USS John C. Stennis entrar no porto de Hong Kong. E este não foi o primeiro caso. Em 2007, Pequim não permitiu a entrada em Hong Kong do porta-aviões USS Kitty Hawk depois de Washington ter anunciado um acordo com Taiwan sobre fornecimento de mísseis.
Ultimamente uma situação interessante foi observada em 2014, quando o Sri Lanka permitiu a entrada de um submarino chinês no porto de Colombo, o que causou a ira de Nova Deli. Índia está muito preocupada com a crescente atividade da China no Sri Lanka, que ainda considera como sua zona de influência, disse Tatiana Shaumyan à Sputnik China.
O Fórum do Cinturão e Rota para Cooperação Internacional (uma iniciativa chinesa no âmbito do projeto da Nova Rota da Seda) é um impulso para o desenvolvimento da cooperação entre a China e seus vizinhos – Índia, Nepal, Mianmar e Bangladesh. Eles são considerados pela Índia como a esfera tradicional de sua influência, por isso qualquer atividade chinesa na região provoca a desconfiança e oposição indiana.O especialista da Academia Diplomática da China, Ren Yuanzhe, pelo contrário, acredita que a iniciativa "Um Cinturão e Uma Rota" deve se transformar de pomo da discórdia em um campo de cooperação entre a China e Índia:
"Espero que a cooperação sino-indiana vá desempenhar um papel importante na criação da Nova Rota da Seda. 'Um Cinturão e Uma Rota' é um projeto aberto, onde não existe intolerância", sublinha o especialista chinês.
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