Especialistas militares propõem unificação da ação dos exércitos da Síria e Iraque

© Sputnik / Mikhail VoskresenskyTanque T-72 na Síria (foto de arquivo)
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Damasco espera expandir sua colaboração com o exército do Iraque na luta contra o grupo Daesh, declarou em entrevista à Sputnik Árabe o vice-chanceler da Síria Faisal Mekdad.

"Precisamos de cada vez mais coordenação e colaboração [com o Iraque]. Nós coordenamos as ações com o exército do Iraque em regimes aberto e fechado. Também há o centro que foi criado no Iraque para coordenação militar e ele desempenha de certa forma essa função. Precisamos de mais coordenação", sublinhou Mekhad.

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Os especialistas militares avaliaram em entrevista à Sputnik Árabe a oportunidade de uma colaboração mais estreita.

O especialista militar iraquiano Amir al Saidi comenta:

"Muitos fatores influem nas relações entre os exércitos da Síria e do Iraque. Não são só os EUA, mas também a Turquia e Irã. Até a Arábia Saudita e Jordânia influem na situação. Agora amadureceu uma grande necessidade de combate conjunto contra o terrorismo em simultâneo do lado da Síria e do Iraque. Por que a América pode participar na operação de liberação dos prisioneiros em Raqqa e o Iraque não pode? Na Síria há centenas de pessoas capturadas pelo Daesh. Nem a Síria nem o Iraque podem vencer o terrorismo se agirem sozinhos…  Os países da região e de fora da região nunca uniram realmente seus esforços. Só é possível vencer o terrorismo se unirmos as forças dos exércitos sírio e iraquiano. Nesta questão, o estabelecimento do controle total da fronteira entre os dois países pode ser visto como uma grande contribuição. Se as inteligências dos dois países estiverem em contato para prevenir a travessia da fronteira pelos terroristas – neste caso já podemos falar da sua proteção."

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Segundo a opinião de al Saidi, uma medida eficiente será "a colaboração direta entre os generais de brigada sírio e iraquiano responsáveis pela proteção da fronteira. Juntos eles podem resolver a questão da prevenção dos atravessamentos ilegais da fronteira que têm tido lugar até agora".

O especialista em estratégia al Amid Ali Maksud opina que essa "declaração do vice-ministro do Exterior sírio é uma reação à agressão americana contra a Síria. Neste cenário, em que o exército sírio recuperou o controle da cidade de Palmira e dos montes desde al Mazar até al Sakhnah, o exército dirige sua ofensiva em direção à fronteira iraquiana no posto de controle fronteiriço de al Tanaf.

"O apelo à colaboração foi ditado pela situação no campo da batalha."

"A Rússia, Síria, Irã e Iraque tomaram a decisão de resistir aos EUA, que querem realizar seus planos, redesenhar o mapa e desalojar a Rússia da região. A Síria tenciona liberar completamente o seu território dos terroristas. As oportunidades para colaboração entre os exércitos sírio e iraquiano aumentaram consideravelmente. Os ataques aéreos iraquianos contra as posições do Daesh na cidade síria de al-Bukamal, que fizeram os terroristas fugir para o interior do país, podem ser considerados como o início da futura colaboração. Há cerca de uma semana, os aviões sírios atacaram o Daesh no Iraque. Todos os ataques foram coordenados através do centro para operações conjuntas", adicionou Ali Maksud.

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