'Síria não repetirá o destino da Líbia enquanto Rússia estiver no Oriente Médio'

© REUTERS / Abdalrhman IsmailAleppo, Síria
Aleppo, Síria - Sputnik Brasil
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O jornalista italiano e especialista militar Mirko Molteni considera que a Síria não vai partilhar o destino da Iugoslávia, Iraque e Líbia enquanto a Rússia continuar presente no Oriente Médio.

"Eu acho que a Síria não vai partilhar o destino destes países, enquanto a Rússia defender seus interesses na área, particularmente, enquanto proteger a sua base naval em Tartus e o aeródromo localizado perto da cidade síria de Latakia", disse Molteni, em uma entrevista à Sputnik Itália.

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O analista italiano considerou que agora há que esperar para ver se se trata de um caso esporádico, tal como aconteceu em 1998, quando o então presidente dos EUA, Bill Clinton, mandou bombardear uma fábrica farmacêutica no Sudão por "produzir armas químicas".

Após este incidente, os EUA não efetuaram mais nenhum ataque contra esse país africano, lembrou o especialista italiano.

Com tudo isso, Molteni ressaltou que é possível que um bombardeio tão inesperado como o de Shayrat, sem uma declaração oficial de guerra contra Damasco, "representa um passo relacionado com os problemas internos do país".

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"Este ataque sugere a ideia de que Trump se viu obrigado a ceder àquela parte do Congresso que não queria uma melhoria das relações com a Rússia", enfatizou Molteni.

Em 7 de abril, os EUA atacaram com 59 mísseis Tomahawk a base aérea de Shayrat, localizada na província de Homs, o que provocou a morte de ao menos 5 militares sírios e 2 civis, além da destruição de nove aviões da Força Aérea sírias.

A Casa Branca justificou esta ação afirmando, sem mostrar provas, que a partir desta instalação foi feito, no dia 4 de abril, o ataque químico contra a cidade de Khan Shaykhun, que deixou pelo menos 84 mortos e mais de 545 feridos.

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