E se o Irã realizar treinamentos militares no Golfo do México?

© AP Photo / Agência de Notícias Fars, Mahdi MarizadNavios de guerra da Marinha do Irã
Navios de guerra da Marinha do Irã - Sputnik Brasil
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O ministro da Defesa iraniano, Hossein Dehghan, questionou a presença militar de Washington no Golfo Pérsico, dizendo que os EUA devem deixar a área para não irritar os países da região, informou a agência iraniana MehrNews.

"O que fazem as tropas dos EUA no Golfo Pérsico? É melhor eles deixarem a região e não causarem problemas para os países da zona", disse Hossein Dehghan.

Esses comentários vieram depois que o general do Exército Joseph Votel, chefe do Comando Central dos EUA, descreveu o Irã como "a maior ameaça de longo prazo para a estabilidade" do Oriente Médio. Ele também disse que Teerã está atuando ostensivamente em uma "zona cinzenta". O general também não descartou que o Pentágono possa usar "meios militares" para impedir as atividades do Irã.

O analista da Sputnik Persa, Emad Abshenass, editor-chefe do jornal Iran Press, comenta a declaração do Irã.

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"Os americanos percorrem 10 mil quilômetros, chegam a terras alheias e ameaçam governos. O Irã tem seu próprio espaço marítimo, que tem fronteiras com águas internacionais. Se ninguém viola este espaço, o Irã não se preocupa. Por sua parte, o Irã pode realizar algumas manobras, por exemplo, no Golfo Pérsico. Mas os EUA tentam invadir exatamente o espaço marítimo iraniano e criam uma ameaça. O Irã não pode fechar os olhos a essas ações e reage", destaca Emad Abshenass.

Os EUA devem compreender que, ao contrário de outros países árabes da região, o Irã não ficará calado, frisa o analista, lembrando que já foram registrados casos em que Irã agiu muito decisivamente em relação às ações da Marinha norte-americana.

"É melhor que os americanos não procurem aventuras longe do seu território. Eles devem se lembrar que não somos o Iraque ou o Afeganistão. Aqui é o Irã. E o país não permitirá fazer tudo o que eles quiserem. O Irã mostrou que não tem medo de ninguém e pagará a promessa de responder a qualquer ameaça de fora", concluiu Emad Abshenass.

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