Político sírio: americanos libertam Raqqa para dividir a Síria

© REUTERS / Rodi SaidUm combatente norte-americano, que está lutando ao lado das Forças Democráticas da Síria, segura bandeira do seu país
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As forças da coalizão internacional liderada pelos EUA lançaram a operação "Libertação" contra os terroristas que controlam Raqqa. Isso significa o crescimento da presença militar dos EUA na Síria.

E se antes os EUA realizavam sua política na região através de seus representantes e aliados, agora eles começaram uma nova fase com a participação direta no conflito. Muitos políticos e especialistas se perguntam sobre o verdadeiro propósito desta tática.

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De acordo com um dos líderes do Partido Halaf al Miftah, os Estados Unidos usam a operação em Raqqa como uma ferramenta para a implementação do plano de desmembramento da Síria. Em entrevista à Sputnik Árabe, ele disse que "a coalizão não realiza nenhuma guerra na Síria contra os terroristas, seu objetivo é alterar as fronteiras do Oriente Médio, a destruição de um estado único na Síria e a criação de unidades federadas".

De acordo com o político, "os americanos dão uma aparência de luta contra os terroristas, isso é amplamente difundido na mídia mundial, se fala muito sobre isso, mas, na realidade, ao leste da área do Eufrates a situação é diferente".

Um determinado grupo, que realiza os interesses políticos norte-americanos, criou a formação que controla o aeroporto de Raqqa, a estação de energia hidrelétrica, que produz 800 kW e jazidas petrolíferas, onde 20 mil toneladas de petróleo são produzidas diariamente.

De acordo com al Miftah,"os objetivos da Síria e da Rússia diferem radicalmente dos objetivos dos EUA, tornando impossível sua ação conjunta na luta contra o terrorismo".

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O membro da Academia de Problemas Geoestratégicos Ali al-Ahmed disse à Sputnik Árabe que todos os esforços, supostamente destinados a combater o terrorismo, visam dividir a Síria. A coalizão internacional pode realmente libertar Raqqa, mas sem coordenação das suas ações com o exército sírio eles próprios se tornarão ocupantes. Eles não precisam da coordenação, porque os americanos querem perseguir uma política independente no mundo.

Segundo o jornal The Washington Post, no início deste mês, os EUA transferiram para a área de Raqqa várias unidades de marines que se juntaram aos 500 comandos que já lá estão. As novas unidades incluem armamento pesado: baterias de obuses M777 de calibre 155 milímetros, que devem fornecer apoio de fogo durante o assalto.

De acordo com o canal Sky News Arabia, citando fontes locais, na semana passada as tropas americanas realizaram uma operação em conjunto com a oposição para a libertação de várias povoações perto da cidade de Tabka dos militantes do Daesh.

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