'Ameaça iraniana' é ideia fixa de Netanyahu

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A participação ativa do Irã na reconciliação de crises regionais preocupa os Estados rivais, principalmente Israel.

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, mais uma vez sugeriu resistência da "ameaça iraniana". Ele discutiu as ameaças do Irã e a cooperação na área de neutralização deles com o presidente dos EUA Donald Trump por telefone, relata a assessoria de imprensa do governo israelense.

O cientista político iraniano, ex-editor-chefe da agência iraniana MehrNews e especialista em problemas do Oriente Médio, Hassan Hanizadeh, disse à Sputnik Persa que a ameaça do Irã é irreal.

"Agora a política dos EUA, de Israel, da Arábia Saudita e mesmo da Turquia na Síria é um fiasco. Há grandes sucessos no Iraque: a cidade de Mossul está quase completamente libertada. Por isso estes países tentam acender a iranofobia para obter de novo o poder na região", disse.

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Além disso, durante uma sessão recente em Munique sobre questões de segurança, os ministros das Relações Exteriores da Arábia Saudita e da Turquia — Adel al-Jubeir e Mevlut Cavusoglu – realizaram um encontro informal com o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, onde decidiram criar uma frente unida contra a ameaça iraniana. Esta frente árabe-israelense-turca vai atuar sob a gestão atenciosa dos EUA a fim de impedir o aumento da influência do Irã.

Israel, ao criar esta frente anti-iraniana, tenta estorvar as ações pacificadoras do Irã na Síria e em outros países da região. O especialista julga que Israel busca desempenhar papel de liderança na região e impor suas regras e sua política.

Hassan Hanizadeh sublinha que há outra razão para a iranofobia de Israel:

"Eles tentam distrair a atenção de um problema mais importante e alargar sua política de construção de localidades judias em terras palestinas, transferindo departamentos diplomáticos de Tel Aviv para Jerusalém. A primeira embaixada aberta lá será a dos Estados Unidos."

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Devemos sublinhar que tais ações de Israel contradizem as resoluções 181 e 242 do Conselho da Segurança da ONU, que preveem a criação de dois Estados, um judeu e um árabe, no antigo protetorado britânico da Palestina, com Jerusalém sob mandato internacional e o reconhecimento da soberania, integridade territorial e independência política de todos os Estados da região e seu direito a viver em paz.

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