Chancelaria russa: governo Obama protegeu militantes da Frente al-Nusra 'até o final'

© Sputnik / Natalia Seliverstova / Acessar o banco de imagensO edifício do Ministério das Relações Exteriores russo na Praça Smolenskaya-Sennaya, em Moscou
O edifício do Ministério das Relações Exteriores russo na Praça Smolenskaya-Sennaya, em Moscou - Sputnik Brasil
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O vice-ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Ryabkov, informou na terça-feira (28) que a administração do ex-presidente dos EUA Barack Obama protegia o grupo terrorista Frente al-Nusra, pretendendo usar os militantes para derrubar o presidente sírio Bashar Assad.

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Segundo Ryabkov, a nova administração dos EUA manifesta o desejo de combater os terroristas até à vitória, ao passo que o governo de Obama protegia a Frente al-Nusra (proibida na Rússia) até ao último momento.

"Acontece que a equipe de Obama não só ajudava os jihadistas, mas também os integrantes da Al-Qaeda, que mataram mais de três mil cidadãos americanos", assinalou.

Na opinião de Ruyabkov, o maior problema na Síria não é a questão de Assad, mas o terrorismo internacional. Segundo ele, o principal obstáculo deixado por Obama nos contatos com a nova administração "são as restrições à interação plena entre os militares".

De acordo com ele, desde 2014 os EUA recorreram às sanções contra a Rússia 30 vezes.

O vice-chanceler russo fez esta declaração ao discursar na Duma de Estado da Rússia (câmara baixa do parlamento russo) durante a mesa redonda "Relações Russo-Americanas: Realidades e Perspectivas".

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Na opinião do diplomata, as ações de Obama, tanto na véspera, como após as eleições presidenciais nos EUA, foram insensatas.

"Na onda das acusações difamatórias contra a Rússia sobre a  intervenção no processo eleitoral, a administração Obama aqueceu até o limite a histeria russófoba, até recorrendo a uma medida como o fechamento do acesso às nossas propriedades em Washington e Nova Iorque", destacou.

Ao mesmo tempo Ryabkov sublinhou que as relações entre a Rússia e os EUA se encontram em seu ponto mais baixo desde a Guerra Fria, acrescentando que a situação atual dos laços bilaterais "deixa muito a desejar".

Segundo ele, "Barack Obama e o seu círculo próximo começaram a fomentar a tensão, e em seguida – a confrontação com a Rússia muito antes da crise na Ucrânia".

Finalmente, Ryabkov frisou que Moscou julgará o grau de interesse dos EUA no diálogo com a Rússia pelas suas ações concretas, mas que será muito difícil ultrapassar a "herança" de Obama.

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