Chegando ao Iraque, chefe do Pentágono diz: 'Não foi pelo vosso petróleo'

© REUTERS / Stringer/USO EDITORIALO secretário de Defesa dos EUa, James Mattis, e seu homólogo iraquiano Erfan al-Hiyali em Bagdá, em 20 de fevereiro de 2017
O secretário de Defesa dos EUa, James Mattis, e seu homólogo iraquiano Erfan al-Hiyali em Bagdá, em 20 de fevereiro de 2017 - Sputnik Brasil
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Os EUA não estão aqui pelo vosso petróleo, afirmou o secretário de Defesa americano, James Mattis, enquanto viajava ao Iraque com uma visita breve e não anunciada.

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O presidente americano tem feito tanto troças como ameaças de se apoderar do petróleo iraquiano, dizendo que "o vencedor fica com os despojos" durante sua campanha eleitoral e afirmando em uma reunião com os serviços de inteligência, no seu primeiro dia de mandato, que o país, provavelmente, terá "mais uma chance" de ficar com o petróleo tinha deixado para trás após o derrube de Saddam Hussein e de ter deixado o país mergulhado no caos.

"Acho que todos os presentes nesta sala, todos os americanos em geral, têm geralmente pago por nosso gás e petróleo ao longo destes anos, tenho certeza que o continuaremos fazendo no futuro", disse Mattis aos repórteres que o acompanharam durante a viagem a Bagdá. "Não estamos no Iraque para nos apoderarmos do petróleo de ninguém", adiantou.

Pelos vistos, os EUA permanecerão no país ainda por muito tempo, já que as forças americanas estão apoiando as tropas iraquianas em sua batalha para expulsar os militantes do Daesh, observou Mattis após uma reunião com comandantes militares e líderes políticos iraquianos em Bagdá.

Apesar das intimidações de Donald Trump e da inclusão do Iraque na sua lei intitulada Proteção da Nação contra a Entrada de Terroristas Estrangeiros nos Estados Unidos (que resultou em que cidadãos de países aliados da coalizão fossem detidos nos aeroportos), o chefe do Pentágono frisou após a reunião que sua visita revelou uma parceria forte entre os dois países.

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"O povo iraquiano, os militares iraquianos e a liderança política iraquiana reconhecem aquilo contra o que combatem e valorizam a coalizão e parceria, com os EUA em particular", realçou.

"Acredito que participaremos deste combate ainda durante algum tempo e estaremos ao lado uns dos outros", resumiu.

O alto responsável oficial pela Defesa americano afirmou que ele estaria disponível para acolher quaisquer pedidos que seus comandantes pudessem apresentar, visto estarem consultando e apoiando as forças locais na reconquista da cidade de Mossul ao Daesh e no avanço para o baluarte principal dos jihadistas, Raqqa.

O principal comandante americano no Iraque, tenente-general Stephen Townsend, apoiou Mattis em suas declarações. Ele comentou que não espera que às forças americanas seja pedido para deixarem o país uma vez terminada a batalha de Mossul.

"Eu acredito que o governo iraquiano compreende que está travando uma batalha muito complexa, e eles vão precisar de ajuda por parte da coalizão também depois de Mossul", assinalou.

A viagem de Mattis foi a primeira visita de alto nível da nova administração ao Iraque, sendo que uma das primeiras inciativas de Trump como presidente foi uma analisar por 30 dias e relatar o estado das coisas relativamente à batalha contra o Daesh.

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Quando ao porta-voz dos serviços antiterroristas iraquianos, Sabeh Al Noman, foi perguntado se ele está preocupado com a hipótese dos EUA realmente terem vindo pelo seu petróleo, ele respondeu:

"Nós confiaremos em vosso governo, portanto não nos preocupamos com isso."

Vale ressaltar que há mais de 5 mil militares americanos hoje em dia no Iraque.

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