Eis algumas histórias contadas por jovens sírios à Sputnik Árabe.
Estou esperando por ele…Nawar, 32 anos, seu noivo serve no exército. "Conheci meu noivo há dois anos, ele era oficial na reserva do exército sírio. Não nos vemos frequentemente. Mas quando ele me diz ‘Espere por mim' posso estar à espera dele para sempre. Não conseguimos festejar o 14 de fevereiro mas não desespero. Essa festa e nosso amor fazem com que não pense nas tragédias que estamos enfrentando diariamente. Não podemos superar essa crise sem amor. É verdade que a guerra separa os namorados, mas é mais importante não atraiçoarmos nossa pátria".
A guerra nos separou…
Maria, 28 anos, embora more em Damasco e seu noivo também sirva aqui, não se veem já há três anos. A guerra separou a cidade em duas partes. Os parentes não podem ver-se durante anos ainda que a distância não seja grande.
Presentes e WhatsApp…
Rajaa, 25 anos, mora em Damasco. Seu noivo, Usef, cumpre o serviço militar na província de Deir ez-Zor.
"Conhecemo-nos há 6 anos durante a festa do Dia dos Namorados. Depois falámos no WhatsApp. Nunca nos encontrámos ao vivo e não celebramos esse dia. Nesta vez quero lhe mandar um pequeno presente através do seu companheiro que agora está no hospital em Damasco devido a ferimentos".
Mahmud, soldado que serve nos arredores de Damasco, fez uma tatuagem na sua mão direita com nome da sua mulher, Saba.
Em 14 de fevereiro está na caserna no subúrbio leste de Damasco, no bairro de Joubar. Os companheiros estão se encorajando uns aos outros. Para alguns deles é a primeira vez que celebram esse dia sem suas namoradas. Alguns deles estão acostumados a felicitar suas noivas ou mulheres por telefone.
"Antes não festejava esse dia. Mas a separação da minha noiva fez-me apreciar o Dia dos Namorados. Estando longe da minha noiva, tento alegrá-la de qualquer modo. Tiro belas imagens e envio-as no WhatsApp".
No quarto vizinho, o soldado Safwan mostrou o presente da sua noiva. É um xale preto que deverá protegê-lo do frio no inverno. Ele serve no exército já durante quatro anos.
"Nesta vez entro em férias nesse dia para fazer uma surpresa para minha namorada, vir para Homs e celebrar esse dia juntos. A guerra fez-me tomar armas em mãos, mas tenho também o direito de amar", afirmou Safwan.
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