Moscou critica reação de Israel à resolução da UNESCO

© REUTERS / Ammar AwadPrimeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu
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O vice-ministro das Relações Internacionais da Rússia, Guennady Gatilov, disse que a reação de Israel à resolução da UNESCO sobre Jerusalém oriental, a parte palestina da cidade ocupada por Israel, é "muito emocional" e "não inteiramente justificada”.

Na quarta-feira (26), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou a UNESCO de ignorar os laços seculares do povo judeu com a antiga cidade e convocou o embaixador de Israel junto a esta organização para consultas.

“Sentimos que os israelenses estão com as emoções um pouco exageradas com relação a esta questão. Todos vocês sabem sobre as declarações que foram feitas pelo ministro Netanyahu sobre este assunto, com uma dura crítica em relação a essas resoluções. Indicou-se que eles [UNESCO], supostamente, não estão levando em conta a ligação dos locais sagrados com Israel, o significado histórico desses lugares para o Estado israelense” – disse Gatilov à imprensa russa.

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A questão das novas resoluções da UNESCO relativas a Israel e apoiadas, inclusive pela Rússia, esteve na pauta das consultas realizadas hoje pelo vice-premiê russo em Israel.

"Esclarecemos as nossas abordagens com os nossos colegas israelenses sobre este assunto. Explicamos o porquê de termos votado a favor dessas resoluções,  já que elas não incluíram nada de novo com relação aos anos anteriores. Exortamos eles a abordar futuramente a discussão desses assuntos de forma construtiva” – explicou Gatilov.

Na quarta-feira (26), a comissão da UNESCO aprovou uma decisão que condena as “escavações ilegais de Israel na Cidade Velha de Jerusalém. Em particular, a resolução refere-se a um complexo de Jerusalém, reverenciado pelos judeus como Monte do Templo e pelos muçulmanos como Al-Haram ash-Sharif (Nobre Santuário), apenas como um "local sagrado de culto muçulmano". Para Israel, a decisão nega a ligação do judaísmo com a antiga cidade.

Há duas semanas, Israel atacou a UNESCO devido à renovação de uma resolução semelhante, que condena as restrições de acesso muçulmano ao local sagrado, que fica em uma parte de Jerusalém capturada pelas forças israelenses na guerra de 1967.

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