Como e quando os EUA manipulam dados sobre ataques químicos na Síria

© Sputnik / Mikhail Voskresensky / Acessar o banco de imagensAleppo (foto de arquivo)
Aleppo (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Os EUA apelaram à Rússia e ao Irã para responsabilizarem as autoridades da Síria pelo uso militar de gás cloro, que eles consideram como provado, disse o representante do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca Ned Price.

Segundo Price, o último relato da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) prova o uso de cloro industrial como arma química por parte das autoridades sírias. 

"O novo relatório esclarece o terceiro incidente em que o cloro foi usado e apresenta detalhes sobre quais os representantes do regime são responsáveis por todos os três casos conhecidos de uso de cloro", disse Price. 

O correspondente da rádio e televisão estatal do Irã Hassan Shemshadi classificou à Sputnik Persa as declarações de Price como um jogo e uma artimanha política.

Leia o comentário na íntegra:

***

Durante os quase cinco anos e meio da crise síria, os EUA tentam de todas as maneiras executar sob vários cenários o seu plano na frente síria – atribuem falhas ao presidente Bashar Assad e ao seu governo e acusam-nos cegamente de vários crimes. Dessa forma os EUA tentam desacreditar Damasco oficial aos olhos da comunidade internacional…

Entre os crimes cometidos pelos EUA e seus aliados contra Damasco oficial podem ser nomeados as falsas acusações contra o governo e exército da Síria que alegadamente terão usado armas químicas contra a sua própria população civil.

Mas recordemos a crónica dos acontecimentos. No início da crise os grupos terroristas foram os primeiros a falar do uso de armas químicas. Além disso, eles divulgaram na Internet um vídeo no qual se pode ver como terroristas testam gás tóxico contra coelhos. Os militantes ameaçaram destruir com estas armas as autoridades sírias, o exército governamental e os apoiantes do exército sírio. Logo após esta ação de demonstração, esta arma química foi usada nos arredores de Aleppo ocupados pelos terroristas e causou dezenas de vítimas entre pessoas inocentes. E logo Bashar Assad e seu exército foram acusados deste crime desumano. Damasco sem demora exigiu ao Conselho de Segurança da ONU e ao Comitê da OPAQ que organizassem um grupo de inspetores independentes que pudessem no local, em Aleppo, investigar o incidente de forma objetiva e identificar os verdadeiros culpados. A chegada dos inspetores demorou quase um ano e três meses. Quando os inspetores chegaram a Damasco, nos arredores da cidade, muito perto da sua localização, foram mais uma vez usadas armas químicas contra a população civil. Resultado – centenas de mortos e feridos. Nenhum senso comum poderá alguma vez aceitar tal mentira, ou seja, que o governo sírio tenha durante um ano exigido de muitas maneiras a vinda dos inspetores ao país, mas precisamente na noite de sua chegada, quando os inspetores estavam no hotel, de repente acontece um incidente com uso de armas químicas perto do local. E mais uma vez todas as acusações foram dirigidas contra o governo sírio. Lembremos que alguns jornalistas da mídia ocidental conseguiram mesmo falar com combatentes dos grupos terroristas. Na entrevista os terroristas confessaram que estes ataques químicos foram realizados por eles por terem recebido dos seus patrocinadores, a Arábia Saudita, a ordem para realizar tais ações. Além disso, os reagentes necessários para esta arma também foram levados para a Síria com apoio dos sauditas.      

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Isto acontece todas as vezes que o exército governamental avança e tem sucesso na luta contra os terroristas. Digamos, quando recentemente no leste da Síria o exército governamental junto com os seus aliados, Rússia e Irã, avançou consideravelmente, de novo começaram as mesmas velhas histórias. Ou o governo de Bashar Assad é acusado do uso de armas químicas contra civis, ou assistimos a mais tentativas vigorosas de pressionar Damasco e especialmente seus aliados. Isto nos mostra que os terroristas e seus patrocinadores estão mais fracos e perdem poder, posições e forças. Já não podem fazer nada senão desacreditar o governo e o exército aos olhos da comunidade internacional e mentir descaradamente, especialmente quando os militares sírios e seus aliados na região realizam múltiplas operações bem sucedidas contra terroristas. Por isso, todas estas acusações são artimanhas e são seus meios da guerra política e informacional que eles realizam contra o exército sírio e seus aliados. Mas tal como nos cinco anos anteriores, eles, tenho certeza, não obterão resultados.

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