Especialista americano: é pouco provável que EUA saiam da Síria após as eleições

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Daniel McAdams, diretor executivo do Instituto da Paz e Prosperidade Ron Paul, anunciou que os grupos terroristas na Síria começarão a se render e entregar as armas assim que os EUA saírem do país e deixarem de apoiar esses grupos.

Em entrevista exclusiva à Sputnik Internacional, McAdams destacou que "a saída dos EUA será a melhor coisa possível para a paz na Síria".

"Os sírios e seus aliados devem decidir o que acontecerá com esses grupos", sugere McAdams.

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Segundo ele, em algumas áreas de Aleppo, os militantes já estão entregando as armas, contudo "presenciaremos uma espécie de rendição negociada com extremistas, com terroristas, com pessoas que buscam derrubar seu país através da violência".

No que diz respeito às eleições presidenciais nos EUA de 8 de novembro, McAdams acha pouco provável que os EUA deixem a Síria após as eleições, sendo que, na opinião dele, ambos os candidatos, Hillary Clinton e Donald Trump, "são intervencionistas por natureza".

Ao mesmo tempo, ele frisa que o conflito na Síria continuará caso Washington não altere sua estratégia de mudança do regime no país.

McAdams aponta que os dois presidenciáveis norte-americanos poderão tratar o problema de maneira diferente. Por exemplo, segundo ele, Trump poderá ordenar envio de 10 mil tropas do Exército, enquanto Clinton, "poderá reforçar drones e começar uma guerra com a Rússia".

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Segundo as previsões de McAdams sobre as políticas da OTAN após as eleições, ele acredita a vitória de qualquer um dos candidatos não afetará o destino da Aliança Atlântica.

Ao mesmo tempo, McAdams opinou que, caso Trump seja eleito presidente, o acordo nuclear sobre o Irã estará ameaçado, pois anteriormente o bilionário prometeu cancelá-lo.

McAdams acha que Trump, ao contrário de Clinton, "não compreende o conteúdo do acordo e, infelizmente, não compreende muita coisa sobre o Irã".

Em julho de 2015, o Irã e o grupo do P5+1 (Rússia, EUA, China, França, Reino Unido e Alemanha) chegaram a um acordo histórico sobre o programa nuclear do Irã, após anos de tensões e negociações. Em janeiro deste ano, os Estados Unidos e a União Europeia revogaram oficialmente as sanções contra Teerã, após a confirmação de que a parte iraniana havia cumprido as exigências descritas no acordo.

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