O jornalista Yevgeny Krutikov analisa os prós e contras de cada uma destas áreas em um artigo na edição russa Vsglyad. Todas as direções são muito prometedoras, mas, ao mesmo tempo, extremamente arriscadas, opina o jornalista.
Deir ez-Zor
De acordo com Krutikov, a ofensiva em Deir ez-Zor "deveria ter sido lançada" seis meses atrás, mas o exército sírio preferiu libertar primeiro a cidade de Aleppo. Libertando a província de Deir ez-Zor e levantando o bloqueio da cidade homônima, os militares sírios poderão cortar as vias de abastecimento do Daesh (organização terrorista, proibida na Rússia) no leste do país, dificultando a sobrevivência do grupo.
"Ao mesmo tempo, o exército sírio não terá mais necessidade de manter o complexo abastecimento de guarnições distantes e cercadas, enquanto a aviação russa não terá que voar longas distâncias em altitudes elevadas", disse ele.O jornalista acrescentou que a ofensiva de Deir ez-Zor também irá ajudar a reduzir a ameaça para Palmira, patrimônio mundial que exército libertou no final de março deste ano. Além disso, a zona desértica até às fronteiras com o Iraque e a Jordânia, bem como as terras férteis ao longo do Eufrates, também voltariam a estar sob o controle do governo.
Raqqa
Krutikov apontou que o exército sírio já tinha tentado realizar uma ofensiva em Raqqa, muitas vezes denominada como a "capital" do califado do Daesh, mas a operação foi mal organizada e mal executada. As forças lideradas por Damasco não conseguiram alcançar o Eufrates e, recuando, quase perderam Palmira.
"Apenas a interferência heroica dos aviões russos salvou o dia", escreve o jornalista.
A ofensiva de Raqqa só poderá ser lançada depois de exército expulsar o Daesh de Deir ez-Zor. As forças do governo, em seguida, serão capazes deslocar tropas para a margem esquerda do Eufrates e avançar para norte, em direção a Raqqa.
Idlib
Krutikov considera a ofensiva de Idlib como o principal desafio, já que a Frente al-Nusra é mais ativa nesta província. Esta área é também fortemente fortificada e bem abastecida.
"Apesar das palavras de Ancara, Idlib recebe ajuda principalmente do território turco. Nesta zona não há falta de comida, água, munições ou dinheiro", disse ele. "Esta é também a área onde vários grupos de oposição estão localizados."
"Ao longo de um ano, as forças do governo conseguiram superar, ainda que lentamente, o forte sistema de defesa dos jihadistas nas serras de Latakia e Idlib. Isso foi realizado principalmente graças à ajuda da Força Aeroespacial da Rússia", disse jornalista. Pela frente está um vale com uma estrada que conduz diretamente à fronteira turca. É difícil dizer quais os riscos (além dos políticos) que uma possível ofensiva no Norte poderá ter"
Anteriormente uma fonte anônima do exército sírio dissera à RIA Novosti que "as tarefas mais importantes" para as forças de Damasco eram nas províncias de Deir ez-Zor, Raqqa e Idlib.
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