O cessar-fogo foi malsucedido porque "certas pessoas" em Washington não queriam que ele fosse cumprido, informou o especialista em questões do Oriente Médio, Ali Rizk, entrevistado pela Rádio Sputnik.
Ele ressalta que essa não é a primeira vez quando isso acontece e "mesmo antes de o acordo ter sido assinado, já havia vozes hostis provenientes de Washington, como a do Secretário da Defesa Ashton Carter, que expressou sua oposição à cooperação com o lado russo".
Rizk acredita que o cessar-fogo na Síria poderá somente ser relançado caso o presidente Obama se imponha aos adeptos da política rigorosa em Washington. Mesmo assim, duvida que ele realmente possa assumir tal posição.Segundo ele, com o fracasso do recente acordo sírio, o cenário mais provável é o de escalação ulterior de violência.
"Quão mais prolongada for a crise síria, mais o terrorismo será proliferado para fora das fronteiras da Síria a outras regiões do mundo", frisou.
Segundo o analista, os EUA não têm a mesma posição quanto à questão síria e Washington está seguindo políticas contraditórias.
De acordo com Rizk, Obama e o Secretário do Estado dos EUA, John Kerry, "querem de alguma forma cooperar com a Rússia", enquanto Obama "receia a possibilidade de um ataque terrorista de grande dimensão nos EUA", levando em consideração os recentes acontecimentos no estado de Minnesota, Nova Jersey e Nova York.Há muito tempo o Pentágono e a Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) adotam uma postura hostil em relação à Síria, tendo treinado e equipado rebeldes sírios para criar uma força capaz de lidar com o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em vários outros países) e derrubar o presidente sírio Bashar Assad do poder. Tais ações dificultam a resolução da crise prolongada pelo governo sírio.
Ao mesmo tempo, Rizk sublinha que Washington "é incapaz de controlar suas próprias políticas" e não persuade os grupos radicais, apoiados pelo governo desde 2011.
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