'Operação de liberação de Raqqa não é assunto do futuro próximo'

© AFP 2023 / BULENT KILICTanques do exército da Turquia perto da fronteira síria
Tanques do exército da Turquia perto da fronteira síria - Sputnik Brasil
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A Turquia não participará da operação da coalizão para liberar Raqqa do Daesh se as forças de autodefesa dos curdos sírios forem envolvidas, disse o porta-voz do presidente turco, Ibrahim Kalin na quinta-feira (22).

"A nossa posição principal é mesma que nos casos de Manbij e Jarablus. A participação da operação em conjunto com as forças de autodefesa dos curdos sírios é inaceitável para nós. Com efeito, apoiamos a limpeza de Raqqa e outras cidades sírias do Daesh, mas temos condições", disse Kalin ao canal televisivo TRT.

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O cientista político e diretor do Centro dos Estudos Estratégicos do Oriente Médio, Serhat Erkmen, avaliou em entrevista à Sputnik Turquia a situação no teatro militar sírio.

Na opinião dele, a Turquia nunca concordará participar da operação por causa do envolvimento curdo.

"No momento atual, vendo a correlação das forças no teatro de operações militares na Síria, não vejo indícios que indiquem a possibilidade de tal passo. Porque entre o aliado principal dos EUA na região – as forças curdas – e a Turquia há contradições irreconciliáveis. Além disso, vemos que desde o primeiro dia da operação Escudo do Eufrates que há divergências entre a Turquia e os EUA. Não há plena compreensão mútua entre Washington e Ancara em relação a Mossul", disse.

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Erkmen afirmou que é pouco provável que a operação seja realizada no tempo mais próximo porque não há quaisquer acordos concretos.

"Enquanto as tropas turcas avançarem para sul, em direção de El-Bab, a situação na frente será cada vez mais complicada. É provável que as Forças Armadas turcas sofram baixas maiores que no início da operação", afirmou o cientista.

O analista turco disse que era certo que a operação Escudo do Eufrates durará mais tempo que o previsto, porque o Daesh é um forte inimigo que já acumulou bastante experiência.

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