Em um artigo publicado no Times este sábado (3), Lloyd conta que estava assistindo a um vídeo no Facebook de um grupo apoiado pela CIA quando ele identificou um de seus captores entre os combatentes que brandiram fuzis de assalto Kalashnikov festejando a vitória perto da cidade de al-Rai, na fronteira sírio-turca.
"Era a cara do homem que tinha visto na última vez em maio de 2014 quando ele se inclinou e atirou duas vezes quase a queima-roupa no meu tornozelo esquerdo, quando eu estava de mãos amarradas", escreve Lloyd.
Ele está surpreso com o fato de que grupos rebeldes que levam a cabo raptos, torturas e execuções em massa agora fazem parte da chamada oposição síria moderada e lutam contra o Daesh.
O Comando Central dos EUA não explicou ao Times como «um sequestrador tão conhecido, que tem ligações com os extremistas, poderia ter passado nos filtros de seleção norte-americanos».
A Anistia Internacional, uma organização global que defende os direitos humanos, publicou um artigo em julho passado em que relata que pelo menos dois grupos rebeldes responsáveis por raptos, torturas e execuções em Aleppo e Idlib foram apoiados pelos EUA e seus aliados.