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COVID-19: especialista destaca tendência de queda e superação do pico da doença no Brasil

© Folhapress / Antonio Molina / Zimel Press Enterro de vítima da COVID-19 no cemitério Vila Formosa, na zona leste de São Paulo
 Enterro de vítima da COVID-19 no cemitério Vila Formosa, na zona leste de São Paulo - Sputnik Brasil
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A OMS divulgou no último domingo (13) dados que mostram que o Brasil se tornou o país com maior coeficiente de mortalidade por COVID-19 entre os países do G20. O médico sanitarista Alexandre Chieppe, no entanto, destaca a importância de avaliar o número de novos casos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil alcançou um coeficiente de mortalidade por COVID-19 de 613,46 mortes por milhão de habitantes, superando o Reino Unido e ficando em nono no ranking mundial de óbitos.

O médico sanitarista da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe, em entrevista à Sputnik Brasil, observou que uma das causas para um acúmulo tão grande de mortes diz respeito ao fato de que o Brasil, apesar de ser um país de dimensões continentais, possui centros urbanos com grandes aglomerações de pessoas.

Além disso, ele destaca que o pico da pandemia no Brasil coincidiu com o inverno, que historicamente é o período de maior transmissão dessas doenças respiratórias.

"Já passamos do pico da pandemia, a tendência agora é ter uma queda no número de novos casos, mas a gente ainda vai ver em outros países cenários diferentes. Eu diria que é muito precoce pra fazer qualquer tipo de comparação com outros países, considerando que o vírus ainda está circulando no mundo, enquanto o Brasil passa do pico da pandemia, o mundo se aproxima desse pico", afirmou.

Ao responder se o poder público poderia ser responsabilizado pelos altos índices de contágio pelo novo coronavírus no Brasil, o especialista afirmou que "não é hora de atribuir erro a ninguém", sugerindo "tomar lições" da pandemia, "entendendo a cultura do nosso povo, entendendo a dificuldade que é lidar com um vírus com a capacidade de propagação tão grande".

"Existem avaliações distintas. Obviamente o número de casos acumulados e de óbitos acumulados, mesmo com uma queda da transmissão, eles vão só aumentar. O que é importante é a gente avaliar o número de novos casos. Os números acumulados servem para a gente ter uma magnitude da transmissão, no impacto que ela vai ter na população", declarou.

Alexandre Chieppe acrescentou que para avaliar mais precisamente a dinâmica de transmissão do novo coronavírus, "nós temos que ver o número de novos casos", que vem demonstrando uma tendência de queda.

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