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Movimento de compradores na fronteira de Brasil e Paraguai foi 'duramente afetado', diz especialista

© AP Photo / Jorge SaenzPonte da Amizade entre Brasil e Paraguai
Ponte da Amizade entre Brasil e Paraguai - Sputnik Brasil
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A atividade comercial na região fronteiriça entre Brasil e Paraguai, sobretudo o transporte de mercadorias, esté fechada desde março por conta da pandemia do coronavírus.

O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Antonio Rivas, declarou na última quinta-feira (6) que as negociações com o Brasil para a retomada da atividade comercial na região de fronteira estão na fase final.

De acordo com ele, falta o Brasil aceitar o protocolo um para que o correio terrestre possa começar a operar formalmente entre as cidades vizinhas dos dois países.

O economista e atual sócio-diretor da BMJ Consultores Associados, Welber Barral, que atuou como secretário de Comércio Exterior no governo Lula, disse à Sputnik Brasil que a situação da COVID-19 atrapalhou boa parte do comércio fronteiriço brasileiro com vários países, inclusive o Paraguai.

"No caso do Paraguai, tem um caso interessante, que além das compras de brasileiros no Paraguai, você tem um pequeno movimento de paraguaios que vêm fazer compras de tudo no Brasil e distribuem na região das fronteiras. Então esse movimento acabou sendo afetado, e houve inclusive protestos do lado paraguaio, que não podia acessar o mercado brasileiro", afirmou.

O especialista observou que tem havido algum trânsito de paraguaios para o Brasil, mas o "Paraguai tem feito exigências na parte de saúde para o acesso de brasileiros e isso tem impedido o acesso de brasileiros ao Paraguai".

Welber Barral destacou, entretanto, que o total do comércio não foi muito afetado por conta da manutenção do movimento de caminhões continuou.

"Grande parte do comércio internacional do Paraguai atravessa o estado do Paraná. O Paraguai normalmente descarrega em Paranaguá e faz o transporte terrestre para suas fronteiras, tanto na exportação de grãos, mas principalmente a compra de insumos que vêm através do porto de Paranaguá. Esse movimento acabou não sendo afetado", analisou. 

Segundo o economista, mesmo durante os maiores momentos da COVID-19, o Paraguai continuou permitindo o tráfico de caminhões, e "isso fez com que, de fato, fosse mantido o abastecimento dentro de suas fronteiras".

"Agora, as cidades nas fronteiras, o pequeno movimento fronteiriço de turistas, compradores, é que acabou sendo mais duramente afetado", completou.

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