'Deviam ser branqueados': como derrota da Alemanha nazista salvou América Latina

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A Alemanha de Hitler possuía um plano para todas as regiões do mundo, incluindo a América Latina. Portanto, sua derrota livrou a região de um grande perigo.

Os planos expansionistas do Terceiro Reich, com todas as crueldades com eles implicados, tinham objetivos bem definidos na América Latina, considera Vicente Quintero em entrevista à Sputnik Mundo. O analista geopolítico é o autor do livro "O nazismo e o Terceiro Reich na Venezuela durante a Segunda Guerra Mundial", que será em breve publicado.

© Agência Brasil/Antonio Cruz A Câmara realiza sessão em homenagem aos 70 anos do encerramento da participação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na 2ª Guerra Mundial
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Quintero salientou que a Alemanha, "já muito antes da Segunda Guerra Mundial", tinha planos para se expandir na América Latina, mostrando um especial interesse por "todo o território da bacia norte da América do Sul".

Particularmente, o analista indicou que era apreciada "a importância geopolítica que a Venezuela possui por sua localização geográfica, pela amplitude da costa que possui no mar do Caribe", com ilhas estratégicas, assim como por seus riquíssimos recursos naturais, sobretudo seu petróleo, do qual, na época, "era a maior exportadora do mundo".

Também existia um grande desejo de, através do controle do canal do Panamá, criar uma "infraestrutura comercial de grande importância".

De acordo com Vicente Quintero, se a Alemanha de Hitler não fosse derrotada, as populações latino-americanas sofreriam grandes riscos.

"A hierarquia étnico-social que o Estado nazista tinha levaria a importantes complicações na América Latina, porque eram percebidos como países que deviam ser 'branqueados'", apontou.

Além disso, neste contexto, essas ideias continuam contando com seguidores em determinados segmentos das sociedades latino-americanas, que abrigaram diversas autoridades do regime nazista.

A situação, de acordo com o autor, representa um potencial perigo tanto "para judeus" como também "para outros coletivos que são vulneráveis", pois estes segmentos continuam ativos. Quintero conclui que é importante criar uma consciência sobre os perigos desta ideologia supremacista.

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