EUA pretendem transformar espaço em 'arena de guerra', segundo especialistas

CC BY 2.0 / Carolyn Kaster / Bandeira do Comando Espacial dos EUA, recentemente transformado em Força Espacial
Bandeira do Comando Espacial dos EUA, recentemente transformado em Força Espacial  - Sputnik Brasil
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Karl Grossman, professor de jornalismo da Universidade Estadual de Nova York, e Bruce Gagnon, coordenador da Rede Global contra Armas e Poder Nuclear no Espaço, comentaram à Sputnik Internacional sobre as pretensões dos EUA de militarizar o espaço em longo prazo.

De acordo com os especialistas, o programa da espaçonave Starliner está sendo publicitado como um grande sucesso, mas existe outro lado da moeda: "é um programa espacial que está custando bilhões de dólares aos contribuintes, isso porque todos sabem que os EUA estão desperdiçando muito dinheiro".

Apesar de todo dinheiro gasto no programa e do entusiasmo da NASA e Boeing, a verdade é que a sonda falhou sua missão, ou seja, não conseguiu se acoplar à Estação Espacial Internacional.

Sendo certo que os acidentes acontecem durante lançamentos de foguetes portadores, nem sempre o problema é causado por uma falha mecânica, afirmou Grossman.

"Um exemplo disso aconteceu em 1999, quando os engenheiros do Orbitador Climático de Marte, da NASA, se esqueceram de converter as unidades de medições, fazendo com que a sonda falhasse e despencasse", cita o especialista.

© Foto / Wikipedia/NASACST-100 Starliner
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CST-100 Starliner

Para Gagnon, os EUA precisam fingir que está tudo bem com as operações de tecnologias espaciais, já que o financiamento para Força Espacial dos EUA está formalmente aprovado.

Os projetos norte-americanos estão sendo criticados por diversas potências mundiais, já que estariam violando o Tratado do Espaço Exterior de 1967.

"As ações dos EUA são uma violação do consenso internacional sobre a utilização pacífica do espaço sideral, minam o equilíbrio e a estabilidade estratégica global, além de representarem uma ameaça à paz e segurança espacial", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang.

Apesar das críticas, o governo Trump segue convencido de que deve continuar "mantendo seu domínio" em todas as frentes, com o objetivo de construir uma "arena de guerra" no espaço sideral, conforme Grossman.

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