Revista expõe falta de plano e de 'cartas' diplomáticas dos EUA na Venezuela

© REUTERS / Carlos Eduardo RamirezPessoas perto do arame farpado da fronteira com a Colômbia, tentado passá-la pela ponte internacional Francisco de Paula Santander, em Ureña
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A última visita do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, à fronteira entre Venezuela e Colômbia provou ausência de plano de ação dos EUA na região, escreveu a revista Washington Examiner.

Durante visita, Pompeu falou sobre o apoio do governo norte-americano aos refugiados, exigiu, não uma, mas várias vezes a renúncia de Nicolás Maduro e ameaçou impor novas sanções à Venezuela. Para a revista baseada em Washington, as declarações de Pompeo mostram ausência de plano claro do secretário de Estado. 

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Washington Examiner acrescentou que os Estados Unidos usaram todas as "cartas" diplomáticas em apoio ao oposicionista Juan Guaidó, que foi reconhecido pelos norte-americanos como presidente interino da Venezuela. O plano de reconhecimento de Guaidó teria ocasionado sucesso se ele tivesse recebido apoio dos militares bolivarianos, mas as Forças Armadas estão do lado de Maduro. 

Militares venezuelanos não quiseram apoiar Guaidó nem quando os EUA se mostram ao lado do oposicionista nem quando norte-americanos tentaram invadir o país caribenho usando "ajuda humanitária" e instigando a oposição a se posicionar contra Maduro. 

A revista norte-americana ressalta que os EUA querem pôr fim à crise na Venezuela, mas não conseguem manter conversações com Maduro depois de declararem a presidência dele ilegítima. A confusão na política norte-americana é ainda mais agravada com a “dança diplomática” de influência na América Latina que Washington está empenhado a seguir com Moscou e Havana, escreve a revista. 

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Washington Examiner sublinha que os EUA estão encurralados e com poucas opções para resolver a crise além de intervenção militar. A administração de Trump tem esperança de que novas sanções consigam retirar Maduro do poder, escreve a revista, adicionando que "se Maduro ainda não desistiu do controle, mesmo com o povo passando fome e precisando desesperadamente de remédios, é improvável que uma dor econômica mais intensa seja a mágica bala que Pompeo e Trump parecem pensar que seja". 

A Venezuela está sofrendo grave crise política desde janeiro. Junto com outros países ocidentais, os EUA apoiam Juan Guaidó, que se proclamou presidente interino da Venezuela. Ao mesmo tempo, Rússia, China e Turquia, entre outros, apoiam o presidente constitucionalmente eleito, Nicolás Maduro, criticando o amplo apoio ocidental a Guaidó.

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