Mar Negro não é área de passagem para navios da Marinha dos EUA, diz especialista

CC0 / Marinha dos EUA / wikipedia.org / Destróier USS Donald Cook (imagem de arquivo)
Destróier USS Donald Cook (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil
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O destróier americano USS Donald Cook entrou no mar Negro pela segunda vez desde o início de 2019. Para o analista militar Aleksandr Zhilin, os americanos perseguem dois objetivos com estas ações.

O Centro de Gerenciamento da Defesa Nacional da Rússia informou que a embarcação está armada com mísseis de cruzeiro (principalmente Tomahawk) mas que suas ações estão sendo monitoradas pela Frota do Mar Negro, que estabeleceu vigilância contínua com a ajuda dos navios russos de reconhecimento Orekhovo-Zuevo e Ivan Khurs.

Destróier de mísseis norte-americano USS Donald Cook da classe Arleigh Burke (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
EUA enviam destróier ao mar Negro pela 2ª vez
Especifica-se que o navio de guerra americano entrou no mar Negro na terça-feira (19) às 17h do horário de Moscou (11h no horário de Brasília).

Já o serviço de imprensa da Marinha da Ucrânia comunicou que o destróier americano chegará ao porto de Odessa no dia 25 de fevereiro.

Recentemente, o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Pavel Klimkin, havia informado que navios da OTAN fariam uma visita à cidade ucraniana.

Para o especialista militar, coronel aposentando Aleksandr Zhilin, a atual situação na Ucrânia é uma das razões pelas quais o destróier americano entrou no mar Negro.

"Penso que isto se deve ao fato de a Ucrânia estar realizando uma campanha eleitoral ativa e terem apostado no [Pyotr] Poroshenko, razão pela qual estas paixões antirrussas são exacerbadas. Toda a campanha eleitoral na Ucrânia se baseia na russofobia. Para fazer isso é preciso assustar as pessoas", disse o analista ao serviço russo da Rádio Sputnik.

Destróier USS Donald Cook (imagem de arquivo) - Sputnik Brasil
Presença de destróier dos EUA no mar Negro aumenta risco de provocações, afirma analista
"Visitas regulares ao mar Negro por navios dos EUA têm propósitos de reconhecimento explícito, quando é feito reconhecimento técnico-militar e de outro tipo. O fato de nossos navios de guerra estarem escoltando um navio americano mostra que estamos falando sério, e tentamos controlar tudo isso. Acho que devemos reforçar a nossa posição, porque o mar Negro não é um área por onde todos podem passar à vontade", disse o especialista militar.

O deputado da Crimeia Mikhail Sheremet chamou atenção ao fato de que os EUA começaram a abusar do espírito pacífico e de contenção da Rússia, acrescentando que a política agressiva dos EUA não pode continuar infinitamente.

No dia 19 de janeiro, o Donald Cook já havia entrado nas águas em questão para realizar exercícios conjuntos com a Geórgia no porto de Batumi, tendo permanecido no mar Negro durante nove dias.

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