Analista político avalia previsões de almirante britânico sobre nova guerra mundial

© Sputnik / Stringer / Acessar o banco de imagensMilitares ucranianos durante manobras no polígono de Yavorov, região de Lvov, Ucrânia
Militares ucranianos durante manobras no polígono de Yavorov, região de Lvov, Ucrânia - Sputnik Brasil
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A exacerbação das tensões com a Rússia é semelhante à situação que precedeu a eclosão da Primeira Guerra Mundial, afirmou recentemente o almirante Alan West, ex-comandante da Marinha britânica. O cientista político russo Anton Bredikhin comentou as declarações do militar.

Em uma entrevista ao Daily Star, o almirante destacou o perigo da situação criada entre Moscou e Kiev, em que o presidente ucraniano pede ajuda a membros da OTAN, alertando que navios da aliança poderiam ser posicionados no mar Negro.

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West adicionou que a OTAN não se arriscaria a interferir em uma possível guerra em larga escala na Ucrânia, caso a Rússia começasse a usar "suas tropas" em Donbass, adicionando que, para evitar um conflito, os países ocidentais precisam exercer mais pressão sobre a Rússia.

Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Anton Bredikhin, diretor científico do Centro de Estudos Étnicos e Internacionais, comentou esta declaração.

"O próprio Reino Unido fez tudo para causar a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais. Ao mesmo tempo, é difícil dizer que a situação atual é semelhante àquele período, é uma opinião pessoal […] o ex-comandante da Marinha Real da Grã-Bretanha não declarou guerra à Rússia. O formato de confronto híbrido continuará, as relações serão muito tensas, os escândalos continuarão, como no 'caso Skripal'", disse Bredikhin.

Na opinião do analista, "a Grã-Bretanha pode se tornar cúmplice de outras provocações da Ucrânia no mar de Azov e mar Negro", mas ao mesmo tempo, não se espera um conflito direto entre Rússia e Ocidente.

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"O Reino Unido buscará novas alavancas de pressão sobre a Rússia, mas em muitos aspectos estas acabarão prejudicando a própria Europa. Pressionando a Rússia, a Europa só perderá […] e terá que executar essa política sob pressão dos EUA, prejudicando sua própria economia", concluiu o analista.

Em 25 de novembro, três navios da Marinha ucraniana foram detidos junto com 24 tripulantes por violarem a fronteira da Rússia. Após o ocorrido, o parlamento ucraniano aprovou a introdução da lei marcial em algumas regiões do país por 30 dias. O presidente russo, Vladimir Putin, classificou o incidente no estreito de Kerch de provocação, usada como pretexto para aplicar a lei e, dessa forma, adiar as eleições presidenciais ucranianas.

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