Mais cedo, o canal NBC News indicou que a frota de quebra-gelos dos EUA está em condições terríveis, especialmente visto que atualmente apenas dois quebra-gelos estão operando.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista militar russo, capitão Vasily Dandykin, revela a atual distribuição de forças nessa região remota e estima o possível desenvolver da situação.
"A situação atual é resultado de uma espécie de ‘relaxamento' dos norte-americanos após a desintegração da União Soviética e do que ocorreu nos anos 90 e no início do século XX. Eles não davam atenção a essa região, pois tinham outros interesses — Afeganistão e Iraque, onde gastaram centenas de bilhões de dólares", explica.
Assim, o especialista indica que os EUA abandonaram o Ártico naquela época. Ao mesmo tempo, "a Rússia nos últimos dez anos conseguiu fortalecer posições" nessa região, construindo a frota de quebra-gelos, deslocando bases militares etc."A China, que sempre presta atenção em tudo, tirou as conclusões, comprou o quebra-gelo mais poderoso da Ucrânia e agora está construindo a frota de quebra-gelos", adiciona o capitão.
Na opinião dele, "os EUA irão tentar atingir Rússia e China. Mas, se conseguirem competir com a China, é pouco provável que o farão com a Rússia. Pois nosso país está muito a frente no que diz respeito ao desenvolvimento da frota de quebra-gelos, inclusive nuclear".
No entanto, de acordo com o canal, um dos quebra-gelos em serviço, o Polar Star (Estrela Polar), construído há 40 anos, já ultrapassou o período de vida útil e vive se acidentando.
Ao mesmo tempo, o segundo, Healy, foi construído em 2000 e hoje só é capaz de realizar tarefas científicas.
O canal destaca que, no melhor dos casos, um novo quebra-gelo estadunidense entrará nas águas árticas dentro de cinco anos, enquanto hoje a Rússia conta com mais de 40 quebra-gelos na região. No entanto, para atingir isso, é preciso que o governo dos EUA invista bilhões de dólares, mas, em vez disso, a Casa Branca gasta somas enormes para construir um muro na fronteira com o México.
As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik
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