O presidente dos EUA Donald Trump declarou ao jornal New York Post que está disposto a esclarecer o incidente no estreito de Kerch.
"Eles [os navios ucranianos] avisaram de que estavam passando? Porque eles têm um sistema, suponho", perguntou Trump.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik o cientista político Andrei Suzdaltsev comentou estas palavras do líder norte-americano, sublinhando que Trump terá que tomar uma decisão política.
"Trump entende tudo muito bem. Toda a questão cabe em uma página de relatório. Ele deve tomar uma decisão política muito importante: se ele apoiar completamente Kiev, a jurisdição ucraniana sobre a Crimeia e o estreito de Kerch, então ele, com certeza, assume uma dura posição antirussa", diz Suzdaltsev.
Segundo o analista, a Ucrânia reconhece 'de fato' o controle russo sobre essa região, sobre as águas internacionais e o estreito, onde podem passar quaisquer navios mercantes da Rússia e da Ucrânia. Isso foi reconhecido em setembro quando alguns navios ucranianos passaram lá, pedindo ajuda do guia náutico russo e ficando na fila, segundo a regra geral.
"Agora temos uma questão de princípio: ou Washington fala que ‘de fato', a Rússia controla o estreito, então a Ucrânia fez uma provocação. Mas, se a posição dos EUA for semelhante à posição dos restantes países ocidentais, continuarão nos acusando. Por isso, esta é uma questão-encruzilhada que agora Trump deve determinar", concluiu Suzdaltsev .
Na segunda-feira (26), a Suprema Rada, o parlamento da Ucrânia, aprovou a introdução da lei marcial por 30 dias em certas regiões do país ao longo da fronteira com a Rússia, bem como ao longo da costa do mar Negro e do mar de Azov.
A decisão foi tomada após um incidente entre os navios russos e ucranianos. Em 25 de novembro, três navios da Marinha ucraniana — Berdyansk, Nikopol e Yany Kapu — atravessaram a fronteira marítima da Rússia, violando o direito internacional. Foi tomada a decisão de usar armas. Os navios ucranianos foram detidos. A Rússia abriu um processo criminal por violação da fronteira.
As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik
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