Analista: EUA apenas criam aparência de não quererem empurrar Ucrânia para o conflito

© AP Photo / Petr David JosekParaquedistas americanos da 173ª Brigada Aérea chegam à Ucrânia
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O analista militar Aleksei Leonkov comenta a confirmação pelo Departamento de Estado da aprovação da licença comercial para o fornecimento de armas letais à Ucrânia.

Aleksei Leonkov, em seu comentário para o canal RT, destacou que Washington apenas tenta dar uma boa imagem do ponto de vista jurídico. No entanto, o fornecimento de armas à Ucrânia ocorre segundo o mesmo roteiro que no caso do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia).

"Os EUA continuarão se mostrando pacificadores, mas isto não corresponde à realidade", frisou o analista.

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Para ele, os Estados Unidos apenas criam aparência de não quererem empurrar Ucrânia para o conflito, mas na realidade, suas ações, inclusive o treinamento de militares ucranianos e o financiamento ao país, se parecem muito com o que tem sido feito no Iraque.

O presidente do comitê de relações internacionais da Duma de Estado, Leonid Slutsky, advertiu por sua vez que a decisão sobre o fornecimento de armas a Kiev levará à escalação da situação no Leste da Ucrânia.

"Infelizmente, [o fornecimento de armas] contribui para escalação da tensão militar…e simplesmente não contribui para a paz na região nem para as decisões fixadas nos Acordos de Minsk", declarou Slutsky aos jornalistas.

Por sua vez, o cientista político Anton Bredikhin, falando com serviço russo da Rádio Sputnik, destacou que o assunto das armas norte-americanas é "uma longa história" e que é muito provável que uma parte das armas simplesmente não chegue ao exército ucraniano.

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"Claro que não se trata de armas novas e, naturalmente uma grande parte destas armas não chegará ao exército, e muito menos à frente de combate. Isto porque na Ucrânia há um ativo mercado 'cinza' de armas. Sim, os americanos decidiram assim, haverá entregas, mas como elas afetarão a situação na Ucrânia? Esta é uma questão que provavelmente ficará em suspenso", resumiu Bredikhin.

Na quarta-feira (20), o Departamento de Estado norte-americano confirmou a aprovação pela primeira vez da licença comercial para que os EUA forneçam armas letais à Ucrânia.

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