Analista militar revela quando EUA vão retirar suas armas nucleares da Europa

© AFP 2023 / Força Aérea dos EUACaça norte-americano F-16 lançando uma bomba guiada (foto de arquivo)
Caça norte-americano F-16 lançando uma bomba guiada (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Moscou apela a Washington para retirar suas armas nucleares do território da Europa, disse à Sputnik o diretor do Departamento de Não Proliferação e Controlo das Armas do Ministério das Relações Exteriores, Mikhail Ulyanov.

"A Rússia retirou todas as armas nucleares ao seu território nacional. Consideramos que o mesmo devia fazer a parte norte-americana", disse Ulyanov.

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Mesmo assim, Washington "continua mantendo na Europa, segundo avaliações, até 200 bombas de aviação". O diplomata sublinhou que os EUA planejam as modernizar para que sejam "mais aptas para o uso" – sua precisão vai aumentar e o poder destrutivo diminuir, de acordo com alguns militares reformados dos EUA.

"Se isso na verdade significa posicionar na Europa munições nucleares adicionais além das que já existem, isso somente pode agravar a situação", concluiu Ulyanov.

Conforme os dados do Ministério das Relações Exteriores, as armas nucleares norte-americanas estão colocadas na Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda e Turquia. A renovação dos arsenais dos EUA na Europa comprova a prorrogação da prática das "missões nucleares conjuntas" na OTAN com pilotos dos países não nucleares, aponta Moscou. Entretanto, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares proíbe a entrega do controle sobre armas nucleares a tais Estados.

O presidente da Academia dos Problemas Geopolíticos, coronel-general Leonid Ivashov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, supôs para quando se deve esperar a retirada das armas nucleares norte-americanas da Europa.

"Os europeus não precisam nada das armas nucleares norte-americanas. Mas, através do potencial nuclear e da liderança na OTAN, os EUA mantêm sob seu controle rigoroso também a economia da Europa, seu sistema financeiro, sua política, em especial na esfera de segurança."

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Ele opina que hoje os Estados Unidos não vão retirar [as armas nucleares da Europa], porque é uma ferramenta de pressão sobre a Rússia e um fator de manutenção do seu poder na Europa. Por isso, no futuro próximo não se pode esperar essa retirada. Mas mais tarde isso será possível.

Isto vai acontecer, opina o especialista, quando os EUA perceberem que são iguais às outras grandes potências e que não pode existir nenhum mundo unipolar. Mas agora eles ainda não estão preparados para isso, concluiu Leonid Ivashov.

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