Sobre sumiço de San Juan: chances de sobrevivência da tripulação eram mínimas

© AP Photo / Mauricio CuevasBuscas do submarino ARA San Juan
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Depois de 15 dias de desaparecimento, Argentina reconheceu o naufrágio do submarino San Juan. O especialista militar, Konstantin Sivkov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, falou sobre onde pode estar a embarcação que comoveu todo o mundo.

Argentina decidiu interromper operação de resgate do submarino San Juan, que sumiu dos radares no dia 15 de novembro, declarou o representante oficial da Marinha argentina, Henrique Balbi.

O submarino perdeu contato com o comando assim que saiu do porto de Ushuaia para a cidade de Mar del Plata, com oxigênio suficiente para seis dias e comida para quinze. A embarcação, construída na Alemanha, entrou em serviço nas Forças Armadas argentinas em 1985.

Em coletiva de imprensa, o militar argentino anunciou que o período de buscas pelos marinheiros tinha ultrapassado limites padrões. Durante os 15 dias, notou Balbi, nenhum vestígio foi encontrado.

Três barcos regressaram às bases, mas outras embarcações continuarão tentando encontrar o submarino desaparecido, destacou Henrique Balbi.

Na segunda-feira (27), a televisão argentina revelou a última mensagem enviada pelos tripulantes no dia 15 de novembro: "Entrada de água do mar através do sistema de ventilação no tanque de baterias №3 causou curto-circuito e começo de incêndio em uma bandeja de baterias. As baterias de proa estão fora de serviço. No momento [estamos] em imersão, propulsando com circuito dividido."

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A explosão pôde ter sido causada pela alta concentração de hidrogênio na embarcação.

O membro da Academia de Ciências de Foguetes e Artilharia da Rússia, Konstantin Sivkov, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, apresentou versão quanto ao acúmulo de hidrogênio no submarino.

"Este submarino não é antigo de acordo com os padrões dos países da região, tem um pouco mais de 30 anos. É muito provável que a explosão tenha acontecido por não terem substituído as baterias, causando, assim, o acúmulo de hidrogênio a bordo e mistura da substância ao ar e, consequentemente, a explosão."

Segundo ele, essa seria a versão mais provável, mesmo assim, operações impróprias e detonação de um dos mísseis da embarcação podem ter causado a tragédia. E nestas circunstâncias, as chances de sobrevivência eram mínimas, opina.

De qualquer forma, o submarino está em algum lugar do mundo; o especialista expressou sua opinião quanto à localização atual da embarcação.

"Se o submarino tivesse batido no fundo a uma profundidade não tão grande, pode estar agora a 300 ou 400 metros abaixo do nível do mar. Caso o acidente tenha acontecido a grandes profundidades, o submarino pode ter sido esmagado pela água."

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