Hoje em dia, a automatização industrial e a robótica atingiram incríveis níveis de desenvolvimento e podem ser aplicadas inclusive no setor de mineração.
Segundo Aleksandr Miaskov, diretor do Instituto de Mineração da Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia de Moscou, as discussões sobre a automatização decorrem há mais de 30 anos, mas a robotização significa que o trabalho é feito "apenas por robôs e máquinas".
"Devemos discutir isso. Para a Rússia é uma atualidade, para os países latino-americanos é o futuro […] próximo, mas futuro", afirmou Miaskov à Sputnik Mundo em Santiago de Chile, durante o fórum Tecnologias Avançadas Russas na América Latina e no Caribe, que decorreu entre 9 e 10 de novembro.
O acadêmico indicou que em sua universidade há mais de 20 anos que se realizam cursos especiais com inúmeros especialistas sobre automatização em setores como a agricultura, mineração ou telecomunicações.
As minas australianas foram as primeiras a funcionar com veículos autônomos "que vão desde o fundo até à superfície das minas a céu aberto sem motoristas", disse Miaskov. A Rússia planeja iniciar o mesmo projeto. Além disso, nas minas subterrâneas russas serão usados drones para detectar metano ou diferentes gases e substâncias explosivas, o que permite salvar a vida das pessoas que trabalham em jazidas."Estamos falando de máquinas que funcionam sem pessoas, porque o maior problema e o maior impulso à automatização da mineração no futuro é que ninguém trabalhe nas minas subterrâneas. Na Rússia esse conceito é chamado de ‘mina inteligente'", ressaltou o interlocutor.
A tecnologia também permitiu desenvolver a mineração "verde" ou "sustentável", que reduz os impactos ambientais desta atividade econômica.
"Por exemplo, na Rússia […] as novas empresas estão preparando tudo com um impacto provavelmente 10 vezes menor na natureza do que 20 anos atrás", comentou.
Aleksandr Miaskov afirmou que a Rússia está "muito aberta" a compartilhar sua experiência com os países latino-americanos, especialmente com os estudantes. Apesar das barreiras linguísticas dificultarem a compreensão, mostrou-se seguro que "talvez em três ou cinco anos" dispositivos robóticos permitam a tradução automática, resolvendo o problema, concluiu.
As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik
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