Especialista: diálogo entre Seul e Pyongyang diminuirá tensões, mas não resolverá problema

© AFP 2023 / YONHAPLançadores múltiplos de foguetes disparam projéteis durante exercícios de artilharia em Goseong, na fronteira com a Coreia do Norte, Coreia do Sul, 4 de abril de 2016
Lançadores múltiplos de foguetes disparam projéteis durante exercícios de artilharia em Goseong, na fronteira com a Coreia do Norte, Coreia do Sul, 4 de abril de 2016 - Sputnik Brasil
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Os esforços de Moscou para estabelecer um diálogo interparlamentar entre as duas Coreias podem ajudar a diminuir a tensão na península, mas não resolverão os problemas acumulados, acredita o diretor do Comitê Nacional para Estudo do BRICS, Georgy Toloraya.

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Mais cedo hoje (4), a presidente do senado russo, Valentina Matvienko, afirmou que a câmara alta do parlamento russo está disposta a criar "todas as condições necessárias para uma conversa construtiva e com confiança" entre as delegações da Coreia do Norte e do Sul nas margens da assembleia da União Interparlamentar que terá lugar em outubro em São Petersburgo.

Além disso, a política russa declarou que quaisquer afirmações de líderes mundiais, que aumentem a confrontação na península da Coreia, são inaceitáveis.

Segundo pensa Georgy Toloraya, um diálogo interparlamentar entre as duas Coreias seria uma boa medida. No entanto, ele sublinha que a Coreia do Sul desempenha um papel secundário na atual crise.

"Os personagens principais neste conflito são a Coreia do Norte e os EUA, por isso, embora o diálogo contribua para uma melhoria da situação, não resolverá o problema", destacou o especialista à Sputnik.

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Toloraya disse que o objetivo principal da Rússia neste caso é criar um ambiente favorável para negociações entres as partes em conflito, pois em geral nenhum país admite que alguém interfira nos seus assuntos.
Em geral, o especialista acha pouco provável que a Coreia do Norte concorde em iniciar negociações em breve.

"Duvido que a Coreia do Norte aceite isso — eles recusam dialogar com Seul até que sejam reguladas as relações com os EUA", opinou.

A situação na península da Coreia piorou após uma troca de afirmações duras entre a Coreia do Norte e os EUA. Pyongyang prometeu atacar com mísseis a área de Guam, onde há bases militares norte-americanas. O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu em resposta "[uma onda de] fogo e fúria que o mundo nunca viu".

Em 3 de setembro, as autoridades da Coreia do Norte anunciaram ter realizado um teste bem-sucedido de uma bomba de hidrogênio. Pyongyang manifestou a intenção de instalar ogivas desse tipo em seus mísseis balísticos intercontinentais. De acordo com Pyongyang, o teste não provocou vazamento de radiação, nem outros efeitos negativos para o meio-ambiente.

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