Israel contra Soros: um homem de quem todos estão cansados

© REUTERS / Luke MacGregorO magnata George Soros chega para discursar no Clube Rússia Aberta em Londres, em 20 de junho de 2016 (foto de arquivo)
O magnata George Soros chega para discursar no Clube Rússia Aberta em Londres, em 20 de junho de 2016 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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A frase "Israel contra Soros" é estranha para muitos. No Irã se acostumou chamar George Soros de um sionista. Mas se perguntar aos israelenses-sionistas, que são competentes em política, eles vão chamá-lo de uma das pessoas mais desprezíveis no planeta.

Por isso ninguém se surpreende com a declaração da chancelaria de Israel sobre "este homem estar tentando repetidamente minar os governos democráticos eleitos de Israel, apoiando várias organizações que divulgam mentiras sobre o Estado judaico e que tentam privá-lo do direito de autodefesa".

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O conflito atual tomou força por causa da campanha contra Soros na Hungria, que foi iniciada pelo primeiro-ministro do país, Viktor Orban. Nas ruas, foram pendurados cartões com o pedido dos húngaros de não intervenção em seus assuntos internos. Como é sabido, Soros criticou o governo da Hungria por não aceitar os refugiados muçulmanos em seu país. A reposta de Orban, sendo a mesma da maioria dos húngaros, foi de que um bilionário estrangeiro não deve intervir nos assuntos internos do seu país.

Vale ressaltar que esta campanha foi usada por grupos extremistas para sua propaganda antissemita e neofascista. Até mesmo isso foi usado pela comunidade judaica da Hungria e pelo embaixador de Israel.

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Sem dúvida o governo de Israel considera as manifestações neonazistas como fenômeno inaceitável. Mas é preciso perceber a diferença entre os ataques de extremistas-marginais e a expressão de descontentamento de um bilionário-globalista em busca de impor uma catástrofe demográfica aos países da Europa.

No que se trata da história das relações entre Soros e Israel, a hostilidade contra ele no país é uma resposta a sua atitude hostil quanto ao Estado judaico. Ele não somente critica a política dos governos de Israel, mas também financia organizações como BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções — campanha global de boicote ao Estado de Israel), que obstaculiza a existência do governo israelense.

Além disso, Soros ativamente interviu nas campanhas eleitorais em Israel tentando levar ao poder pessoas com ideologia liberal de esquerda.

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Por exemplo, durante a campanha pré-eleitoral em Israel, o Departamento de Estado dos EUA enviou 350 mil dólares para a organização OneVoice International para que trabalhasse contra a eleição de Benjamin Netanyahu. O dinheiro foi transferido para o grupo V15 dentro de Israel, responsável pela procura de dados comprometedores do mesmo e também pela propagação de rumores. No momento atual, o cargo da chefia da OneVoice International foi assumido pelo próprio George Soros.

Sublinhamos: o dinheiro do orçamento estatal dos EUA foi transferido para intervir nas eleições no Israel. Não foram os hackers inventados, mas o Departamento de Estado dos EUA e Soros.

Avigdor Eskin para a agência Sputnik.

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