Especialista: EUA desistiram de sua política desastrosa na Síria e mudam de curso

© AP Photo / Alexander ZemlianichenkoO secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, agitam as mãos antes de suas conversações em Moscou, Rússia, quarta-feira, 12 de abril de 2017. As conversas de Tillerson em Moscou dependem da nova alavancagem dos EUA sobre a Síria.
O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson e o ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, agitam as mãos antes de suas conversações em Moscou, Rússia, quarta-feira, 12 de abril de 2017. As conversas de Tillerson em Moscou dependem da nova alavancagem dos EUA sobre a Síria. - Sputnik Brasil
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A Rússia e os EUA chegaram ao acordo de cessar-fogo no sul da Síria a partir deste domingo. A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, após o reunião dos presidentes russo e norte-americano, Vladimir Putin e Donald Trump, em Hamburgo.

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O professor de relações internacionais da Universidade de Damasco, Bassam Abu Abdalla, disse à Sputnik Árabe que a mudança de curso da administração norte-americana não é uma manobra política, nem um passo circunstancial em direção à Rússia. 

"A nova estratégia americana na Síria reflete o reconhecimento da política anterior como desastrosa. Ficou claro que, sem a mudança de cursos, a situação somente vai piorar", disse o especialista. 

"A política americana de apoio aos grupos terroristas com armas e dinheiro demonstrou a sua ineficiência. Além disso, a oposição síria no exterior, criada pelos americanos e que deveria servir de alternativa ao governo sírio, também não atendeu as expectativas", afirmou Abdalla. 

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Segundo o professor de relações internacionais, as derrotas dos terroristas em batalhas na Síria se tornaram fator determinante da alteração da estratégia ocidental na Síria. Isso foi possível somente graças à resistência do povo sírio e da alteração do equilíbrio das forças na arena internacional. "Observamos o crescimento da força política de Moscou e de Pequim", destacou o especialista sírio.

Quanto à permanência de Bashar Assad no poder, essa questão seria "relacionada à soberania estatal, onde não deve haver interferência estrangeira", adicionou o Abdalla. 

"As ações das partes do processo político na Síria foram possíveis graças aos esforços de Moscou. Podemos falar no papel predominante da Rússia, pois foi esse país que defendeu a criação de zonas de segurança. Além disso, os detalhes da iniciativa foram discutidos com o governo sírio, o que demonstra a confiança entre os dois países", concluiu o interlocutor da agência.

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