Polônia aumentará gastos militares 'para chamar a atenção dos EUA'

© AP Photo / Alik KepliczO veículo blindado norte-americano Stryker na Polônia, no âmbito dos exercícios militares dos EUA e OTAN Dragoon Ride
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O presidente da Polônia, Andrzej Duda, pode anunciar um aumento no orçamento militar do país durante a próxima cúpula da OTAN, em Bruxelas. No entanto, segundo alguns pesquisadores, outros países do bloco não deverão fazer o mesmo. Para o especialista em política Yuri Borisenok, o que Varsóvia mais quer realmente com isso é agradar Washington.

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Recentemente, em entrevista à mídia nacional, Duda destacou a necessidade de aumentar os gastos com a defesa mesmo acima dos 2% do PIB exigidos pela Organização do Tratado do Atlântico Norte, tal qual cobrou o presidente dos EUA, Donald Trump, dos demais aliados. Segundo o líder polonês, a segurança é uma prioridade da sua gestão e o país precisa urgentemente modernizar o exército, comprar mais equipamentos e treinar melhor seus soldados. 

"Eu não acredito que outros seguirão esse exemplo. Será bastante difícil para os países bálticos encontrar fundos adicionais em seus pequenos orçamentos. E, certamente, isso não será possível para membros tão novos da OTAN como Romênia e Bulgária", afirmou Borisenok, destacando que, por terem entrado mais tarde também na União Europeia, esses dois últimos ainda têm uma economia mais frágil. 

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Também em entrevista à imprensa da Polônia, o chefe do Escritório de Segurança Nacional, Pavel Soloch, garantiu que o país está pronto para aumentar os investimentos no setor acima dos 2%, até 2,5%. De acordo com ele, isso seria necessário para garantir a segurança do chamado flanco oriental. Para Borisenok, essa é a maneira que a Polônia encontrou para chamar a atenção dos Estados Unidos. 

 

"Donald Trump criticou seus aliados na OTAN por não terem elevado seus gastos militares para 2%. E, aqui, nós estamos falando de 2,5%. Acho que o objetivo é melhorar as relações com Washington, para atrair sua atenção de alta prioridade", disse o especialista.

O percentual mínimo de contribuição de cada membro da aliança militar foi acordado na cúpula realizada no País de Gales em setembro de 2014. Mas, até agora, apenas os EUA e outros quatro Estados estão seguindo essa regra. 

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