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Sindicalista: Hartung é autoritário e funcionalismo público não pode pagar por crise no ES

© REUTERS / Paulo WhitakerUm agente guarda a entrada da sede da PM em Cachoeira do Itapemirim, ES, enquanto moradores protestam contra a greve policial, que levou ao caos no estado, em 7 de fevereiro de 2017
Um agente guarda a entrada da sede da PM em Cachoeira do Itapemirim, ES, enquanto moradores protestam contra a greve policial, que levou ao caos no estado, em 7 de fevereiro de 2017 - Sputnik Brasil
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O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Espírito Santo disse hoje, em entrevista à Sputnik, que a paralisação dos PMs no estado foi um reflexo do pensamento de todos os servidores, o de que é preciso lutar por seus direitos e exigir do governo estadual o cumprimento de suas obrigações, previstas na Constituição.

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Com a prisão daqueles que são considerados os mentores da paralisação da Polícia Militar do Espírito Santo – entre eles, o Tenente-Coronel Carlos Alberto Foresti e o Capitão e ex-deputado federal Lucínio Castelo de Assumção, tido como aliado do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), o governo estadual considera que a situação esteja voltando à normalidade.  

Mas não é essa, porém, a avaliação do funcionalismo público estadual. Em entrevista à Rádio Sputnik, Haylson de Oliveira, Presidente do SindiPúblicos (Sindicato dos Trabalhadores e Servidores Públicos do Estado do Espírito Santo) afirmou que embora seu Sindicato não mantenha relações mais aprofundadas com os representantes da Polícia Militar, a paralisação da categoria refletiu o pensamento dos servidores estaduais:

"A paralisação dos Policiais Militares veio de encontro ao que estamos reivindicando que é o cumprimento da Constituição Federal. A lei determina que o funcionalismo receba aumentos salariais todos os anos e nós, servidores públicos estaduais do Espírito Santo, estamos há três anos sem receber aumento."

Em relação aos líderes do movimento e, em particular, com o Capitão Assumção, Haylson de Oliveira diz não manter maior proximidade mas considera que a iniciativa dos PMs do Espírito Santo foi muito importante:

"Nós estamos focados nas reivindicações dos funcionários públicos estaduais do Espírito Santo e os PMs são servidores públicos estaduais como toda nossa categoria é. Então, temos de respeitar seu movimento e compreender as razões que levaram os policiais militares à paralisação."

Segundo Haylson de Oliveira, o funcionalismo público do Espírito Santo não pode pagar pela crise administrativa do Estado:

"O governador Paulo Hartung é extremamente autoritário e conduz o seu governo de forma a beneficiar os grandes empresários. Com isto, as reivindicações dos funcionários ficam em segundo plano. Querem nos culpar por uma crise econômica a que nós não demos origem nem temos qualquer responsabilidade sobre ela. Então, é mais do que justo que cobremos nossos direitos e continuemos a exigir do governo estadual o cumprimento de suas obrigações para com os servidores públicos do Estado."

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Além do Capitão da reserva da PM Lucinio Castelo de Assumção, conhecido como Capitão Assumção, e do Tenente-Coronel Carlos Alberto Foresti, também se entregou ao Comando da Polícia Militar do Espírito Santo o sargento Aurélio Robson Fonseca da Silva. Após estas prisões, o Comando da PM informou que os inquéritos contra estes policiais militares continuarão em andamento mas garantiu que não serão instaurados novos procedimentos.

Por sua vez, o Secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, Eugênio Ricas, declarou que há indícios claros de que o movimento de paralisação dos Policiais Militares foi motivado por interesses políticos e econômicos.

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