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Senador Paulo Paim: 'Governo não se sustenta até março'

© Jefferson Rudy/ Agência SenadoPaulo Paim no Plenário do Senado Federal
Paulo Paim no Plenário do Senado Federal - Sputnik Brasil
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Diante da sucessão de revelações sobre pagamento de propinas pelo Grupo Odebrecht a diversos políticos, inclusive atuais e ex-ministros do Presidente Michel Temer, aumentam as pressões no Congresso Nacional contra o próprio presidente da República.

Primeiro, foi o ex-diretor de Relações Institucionais do Grupo Odebrecht, Cláudio Melo Filho, quem revelou que somente o PMDB recebeu das empresas mais de R$ 10 milhões de forma ilícita. Depois, foi o próprio ex-presidente da empresa, Marcelo Odebrecht, quem confirmou esses pagamentos. Desta forma, Michel Temer, que foi presidente nacional do PMDB, vê-se cada vez mais pressionado.

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Esta semana, inclusive, o Senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), da própria base aliada, sugeriu que, diante da gravidade da crise, Michel Temer tivesse "um gesto de grandeza e renunciasse à Presidência da República". Temer, porém, disse que não tem a menor intenção de deixar o Palácio do Planalto.

Mais incisivo, o Senador Paulo Paim (PT-RS) disse à Sputnik Brasil que não vê possibilidades de o atual Governo se manter:

"A situação é gravíssima e a posição do Presidente Michel Temer é muito delicada. Por muito menos do que isso a Presidente Dilma Rousseff foi afastada do cargo. Agora, as denúncias dos empresários atingem diretamente o presidente da República e todos os ministros do chamado núcleo duro do Governo, como Eliseu Padilha e Moreira Franco."

Segundo Paulo Paim, a preocupação é manifesta no Congresso Nacional:

"Os debates se sucedem em Plenário, e a minha convicção é de que este Governo não se sustenta até março. Fala-se até numa tolerância até março de 2017 com este Governo. Não há mais condições políticas para Michel Temer prosseguir na Presidência da República".

Em relação à proposta de renúncia de Temer, apresentada por Ronaldo Caiado, Paulo Paim observou:

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"Eu também já tinha falado nesta possibilidade. Foi em abril passado, quando um grupo de senadores, do qual eu participava, apresentou a ideia da renúncia de Dilma Rousseff (então ainda no poder) e de Michel Temer. Como estávamos ainda na primeira metade do segundo mandato de ambos, haveria tempo para convocação de eleições diretas. Mas a ideia não foi aceita pelos parlamentares. Agora, tudo indica que em 2017, já na segunda metade do mandato, teremos eleições indiretas com a escolha do próximo presidente da República competindo ao Congresso Nacional."

Segundo ainda Paulo Paim, dois nomes estão sendo cogitados no Congresso para uma eventual sucessão antecipada de Michel Temer: o do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso (que já negou qualquer possibilidade de retornar à Presidência da República) e o do ex-ministro, ex-parlamentar e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim.

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