Opinião: Coreia do Sul fez 'cena de ciúmes' aos EUA

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Segundo o especialista Sergei Mikhailov, do Instituto de Estudos Estratégicos da Rússia, a reação de Seul deve ser considerada no contexto das suas relações com o Japão.

A próxima visita do líder norte-americano Barack Obama a Hiroshima irritou a Coreia do Sul, um dos principais aliados regionais dos EUA, escreve o jornal Financial Times.

US President Barack Obama holds a press conference in Kuala Lumpur on November 22, 2015, following his participation in the Association of Southeast Asian Nations (ASEAN) Summit - Sputnik Brasil
Obama apela a resolver disputas de forma pacífica
A visita está prevista para o dia 27 de maio. Obama será o primeiro presidente americano a ir à cidade japonesa, afetada pelo bombardeio atômico dos Estados Unidos, antes do termo do seu mandato. Já foi dito que ele não tem a intenção de pedir desculpas pelo bombardeio de Hiroshima e Nagasaki. No entanto, em Seul receiam que Obama chegue ao Japão com uma nova interpretação da história militar e que o Japão seja mencionado como a única vítima do bombardeio norte-americano. Ao mesmo tempo, o movimento social sul-coreano que representa os interesses dos sobreviventes deste país, diz que dezenas de milhares de seus compatriotas se tornaram vítimas do bombardeio, porque efetuavam lá o serviço militar ou trabalhavam em Nagasaki.

"Neste contexto são mais importantes as relações coreano-japonesas do que as coreano-americanas. Desde o período anterior à Segunda Guerra Mundial, quando a Coreia era na verdade uma colônia do Japão, havia um grande número de trabalhadores coreanos no território japonês. O Japão se comportou como uma potência ocupante muito cruel. Desde então, as duas Coreias — a do Norte e a do Sul – têm relações tensas com o Japão. E isso apesar do fato de que a Coreia do Sul e o Japão formalmente são aliados dos EUA. É neste contexto que se pode ver o começo dos protestos na Coreia do Sul quanto à visita de Obama. Este tipo de ‘ciumada’ em relação aos Estados Unidos é causada pela maior atenção dos EUA ao Japão e não à Coreia do Sul", disse Sergei Mikhailov à rádio Sputnik.

Representantes da Coreia do Sul esperam que Obama visite no Japão o memorial dedicado às vítimas de seu país. No entanto, de acordo com Sergei Mikhailov, é pouco provável que isso aconteça.

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