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Vitória de Mauricio Macri na Argentina divide opiniões no Senado brasileiro

© AP Photo / Ricardo MazalanMaurício Macri comemora a vitória nas eleições presidenciais argentinas.
Maurício Macri comemora a vitória nas eleições presidenciais argentinas. - Sputnik Brasil
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A vitória do candidato oposicionista Mauricio Macri, da coligação centro-direita Mudemos, nas eleições presidenciais da Argentina, com mais de 51% dos votos, marca o fim do estilo Kirchner de governar e divide a opinião dos senadores brasileiros.

Argentina's president-elect Mauricio Macri arrives for a news conference in Buenos Aires, Argentina, November 23, 2015. - Sputnik Brasil
Analistas: sob a presidência de Mauricio Macri, Argentina deverá trilhar novos caminhos
Atualmente, a Argentina é o principal parceiro econômico do Brasil na América Latina.

Durante o período eleitoral, em outubro, a Presidenta Dilma Rousseff chegou a receber no Palácio do Planalto, em Brasília, o concorrente de Macri, Daniel Scioli. Apoiado pela Presidenta Cristina Kirchner, na ocasião Scioli era apontado como favorito na disputa presidencial.

Após a vitória, em conversa telefônica, Mauricio Macri  propôs para a Presidenta Dilma Rousseff uma relação mais dinâmica entre a Argentina e o Brasil, de modo a imprimir uma renovada vitalidade ao Mercosul, bloco econômico formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

A senadora Ana Amélia (PP-RS), afirma que o cansaço da população argentina com o modelo político e econômico que parou o país fez com que Mauricio Macri se sagrasse vencedor. Ana Amélia acredita que a vitória de Macri pode fazer com que agora a Argentina ajude mais o Brasil a fechar o acordo do Mercosul com a União Europeia.  “Tentar classificar esquerda ou direita já está ultrapassado. Foi uma vitória da população, da sociedade argentina, que cansou de uma gestão com uma ideologia que acaba travando muito e tirando a solidariedade que se esperava no Mercosul. Muitas vezes, por conta exatamente da intransigência da Argentina, um grande acordo que está se tentando fechar ainda não foi possível. Cristina Kirchner preferiu fazer um acordo com a China e deixou de lado o Brasil.”

Presidenta Dilma Rousseff durante coletiva de imprensa na ONU - Sputnik Brasil
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Dilma Rousseff deve se reunir com presidente eleito da Argentina antes da posse
O senador João Capiberibe (PSB-AP- Amapá) afirmou que o Brasil também precisa de novas propostas políticas e defende que a integração entre Argentina e Brasil deve transcender a questão econômica.  “A falta de alternativa não é bom. Essa polarização termina desviando o foco de atenção aos graves problemas do país. Estamos numa situação extremamente complicada, com uma necessidade de alternância de poder por aqui também, para dar uma reoxigenada. É difícil você construir de uma integração só uma questão comercial. A integração com a Argentina teria que passar pela integração cultural. Essas fronteiras não vão durar mais cem anos, elas vão desaparecer.”

Dilma Rousseff convidou Mauricio Macri para vir ao Brasil antes mesmo da sua posse, marcada para dia 10 de dezembro, cerimônia na qual a Presidenta também deverá estar presente.

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