OTAN tenta criar nova "cortina de ferro" e se dirige para confronto com a Rússia

© AFP 2023 / Daniel Mihailescu Exercícios da OTAN no Mar Negro
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O representante permanente da Rússia na OTAN, Aleksandr Grushko, disse que os recentes planos anunciados pela aliança e publicados pelo Wall Street Journal em expandir sua presença militar no Oriente conduzem à confrontação e à infração de acordos com a Rússia, que não deixará os mesmos sem resposta.

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"A ideia de expandir as atividades militares da OTAN junto às fronteiras da Rússia é por si só uma provocação, independente de seu formato ou parâmetros. Além disso, se analisarmos a situação como um todo, veremos que a nossa preocupação não recai somente sobre as tentativas de aumento da suposta duradoura e rotativa (mas na verdade – permanente) presença das forças da OTAN nas fronteiras orientais, mas também sobre a aproximação de nossas fronteiras da infraestrutura militar, incluindo estruturas de comando e controle e instalações de sistemas de defesa antimísseis. Os planos de criar pontos de instalação preliminar de pesados equipamentos militares no Leste Oriental é mais um motivo para preocupação. Juntas, todas essas ações conduzem à corrosão dos compromissos de restrição da presença militar na região, firmados no Ato Fundador OTAN — Rússia, em 1997" – disse Grushko.

Seu comentário foi publicado em inglês na página oficial de Facebook da Representação Permanente da Rússia na OTAN.

Nas palavras de Grushko, "do ponto de vista político, essa atividade militar é voltada para a criação de uma nova "cortina de ferro" na Europa, o que contradiz a própria ideia de desenvolvimento de uma nova arquitetura de segurança, que conduziria à uma indivisibilidade da segurança para todos". "O planejamento militar da OTAN conduz a abordagens confrontativas das questões de segurança que, na nossa opinião, devem ficar no passado" – declarou o diplomata russa.

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"A questão das "forças substanciais de combate" deverá ser incluída na pauta das negociações se e quando a OTAN estiver pronta para retomar um diálogo militar pragmático, congelado em 1º de abril de 2014" – disse Grushko.

Segundo ele, a tentativa de projetar força militar sobre a Rússia, sob o falso pretexto de contenção de "intenções agressivas", não leva a lugar algum. "De qualquer forma a nossa segurança será garantida, nós temos muitas possibilidade para fazê-lo de forma eficiente" – declarou Grushko.

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