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Ao contrário da nota da S&P, avaliação da Moody’s sobre economia brasileira é moderada

© AFP 2023 / EMMANUEL DUNANDMoody's
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Há dias, a agência de classificação de riscos Standard & Poor’s fez uma análise muito negativa da economia brasileira, rebaixando sua classificação e retirando o país da condição de grau de investimento. Agora, a Moody’s elogia as medidas tomadas pelo Governo.

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No início desta semana, os ministros da Fazenda e do Planejamento, Joaquim Levy e Nélson Barbosa, vieram a público representar a Presidenta Dilma Rousseff para anunciar uma série de medidas destinadas a corrigir os rumos da economia nacional. Entre estas medidas propostas pelo Governo e que deverão ser apreciadas pelo Congresso Nacional está a recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira), que deverá ser de 0,20% sobre as operações que envolvam dinheiro em espécie, cheques e cartões.

No dia seguinte ao deste anúncio, a agência de classificação de riscos Moody’s, diferentemente do que fizera a S&P, divulgou a sua avaliação sobre os rumos da economia nacional, afirmando que as medidas anunciadas pelos dois ministros são “equilibradas e positivas”.

Sobre as avaliações emitidas pelas duas agências de classificação de risco, a Sputnik Brasil ouviu o economista Gilberto Braga, professor do Ibmec-Rio e da Fundação Dom Cabral.

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“Apesar de as duas agências terem se manifestado sobre a posição da economia do Brasil, acredito que elas tenham produzido avaliações diferentes em função das circunstâncias em que foram divulgadas”, diz Gilberto Braga. “Elas diferem porque se deram em momentos diferentes. O momento avaliado pela Standard & Poor’s foi aquele que sucedeu a apresentação pelo Governo, ao Congresso Nacional, do Orçamento de 2016 com um deficit previsto de R$ 30,5 bilhões. Num contexto de instabilidade política e de falta de apoio aos ministros da área econômica, a Standard & Poor’s enviou uma mensagem afirmando que estava acendendo uma luz amarela de atenção e, assim, rebaixava a nota do país. A partir da divulgação desta avaliação, o Governo adotou as medidas que considerou necessárias e a Moody’s, então, emitiu o seu voto de confiança para a economia brasileira.” 

O Professor Gilberto Braga afirma que “a partir da avaliação negativa da Standard & Poor’s o Governo reagiu, adotou diversas medidas amargas, como aumento de tributos e outros ajustes. Estas medidas podem zerar o deficit fiscal e, além disso, produzir um superavit de 0,7% para o ano de 2016, permitindo ao Brasil honrar os seus compromissos.”

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