Medvedev: Rússia poderá ajudar Kiev, mas não se intrometerá na recuperação da Ucrânia

© Sputnik / Dmitriy Astakhov  / Acessar o banco de imagensPrimeiro-ministro da Rússia Dmitry Medvedev
Primeiro-ministro da Rússia Dmitry Medvedev - Sputnik Brasil
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O primeiro-ministro russo Dmitry Medvedev declarou que as autoridades ucranianas devem se empenhar na recuperação do país por conta própria e destacou que apesar de a Rússia estar disposta a ajudar este processo, a mesma não irá se intrometer.

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"Infelizmente, ali ocorreram eventos que nós não podemos apoiar por diversas razões. Mas eles devem se empenhar na recuperação do país por conta própria. São as autoridades de Kiev, a própria Ucrânia, que devem fazer de tudo para preservar o país e para que parte das regiões que hoje estão de fato desligadas do governo central retornem. Mas, para isso, é preciso criar condições, é preciso explicar a elas o porquê deve ser bom viver numa Ucrânia unida" – disse Medvedev em entrevista ao grupo midiático Nation, durante uma visita à Tailândia.

O premiê acrescentou que apesar de tentar ajudar a Ucrânia, Moscou não irá se intrometer neste processo.

Medvedev disse que a Rússia envia comboios com ajuda humanitária por não conseguir observar de forma passiva o fato de as pessoas passarem fome e não receberem medicamentos e cuidados médicos devidos em território ucraniano.

"Mas isso, provavelmente, é tudo o que nós podemos fazer numa situação como esta" — frisou Medvedev.

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Kiev promove desde abril do ano passado uma operação militar para reprimir os independentistas no leste da Ucrânia, que não reconhecem a legitimidade das novas autoridades ucranianas, chegadas ao poder em resultado do golpe de Estado ocorrido em fevereiro de 2014 em Kiev. Segundo os últimos dados da ONU, mais de seis mil civis já foram mortos no conflito.

Desde 9 de janeiro, a intensidade dos bombardeios na região aumentou, bem como o número de vítimas. Isto fez regressar ambas as partes às negociações. O novo acordo de paz, firmado em Minsk entre os líderes da Rússia, da Ucrânia, da França e da Alemanha, inclui um cessar-fogo global no leste da Ucrânia. Segundo o acordo, o armistício deve ser seguido pela retirada das armas pesadas da zona de conflito.

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