Opinião: o Prêmio Nobel da Paz ataca

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Sanções e ameaças, ameaças e sanções, às vezes bombardeio. Esta é a receita atual nas relações internacionais dos Estados Unidos.

Recentemente, a agência de inteligência Stratfor publicou o comentário: “Estados Unidos e Rússia: Exercícios e Veneno”. 

Vejamos: os Estados Unidos estão mandando 300 militares para o treinamento do exército ucraniano; na cidade de Narva, na Estônia, a 300 metros da fronteira da Rússia, blindados do exército americano participam de um desfile militar; Canadá e Polônia vendem armamentos para a Ucrânia; as marinhas dos Estados Unidos, Bulgária e Romênia realizam treinamentos no mar Negro; e as forças da OTAN estão à distância de 165 quilômetros da fronteira da Rússia. 

São fatos indiscutíveis, mas a histeria continua.

O principal aliado dos Estados Unidos, o Primeiro-Ministro do Reino Unido, David Cameron, bradou: "Vamos defender a Inglaterra! Vamos vencer a Rússia!" 

En passant… Não se faz mais primeiro-ministro da Inglaterra como antigamente. 

Como não lembrar uma das famosas frases de Winston Churchill: “Otimismo não é suficiente para fazer um vidente.”

Enquanto isso, a Rússia afirma desejar o fim da crise política e econômica em Kiev. 

Também enquanto isso, o Prêmio Nobel da Paz, na Casa Branca, continua a aumentar a lista dos desafetos e inimigos. Chipre e Síria, Hungria e Grécia, Israel, China e Rússia – cada um leva o seu puxão de orelha, mas para a Rússia tudo é redobrado. 

Sanções e ameaças, ameaças e sanções, às vezes bombardeio. Esta é a receita atual nas relações internacionais dos Estados Unidos. Na História americana do século XX não consta tanta discórdia. A cada dia o número dos bem-comportados diminui. 

Com isso a quantidade de brigas, que se tornam cada vez mais violentas, aumenta. E aí vale tudo – apoio dos monarcas-ditadores, fascistas, neonazistas, além dos movimentos vestidos em roupa modernista e democrática, e que após a chegada ao poder continuam os mesmos ladrões e corruptos de sempre. 

Como defender esse povo todo, tão diferente e multicolorido?

A receita é única e vale para todos. 

Primeiro ato: "Apoio aos movimentos democráticos".

Segundo ato: "Aparecimento de um mártir” (se for no plural, melhor ainda).

Terceiro ato: "Promessas e apoio moral da ‘democracia ocidental’".

Quarto ato: "Happy end" (com participação de Romênia, Bulgária, Polônia e vários outros).

Mas antes disso, durante e depois, as manobras militares, acompanhadas da histeria da mídia sobre o inimigo que está chegando. 

Aonde quer chegar o Prêmio Nobel da Paz?

O pior Presidente dos Estados Unidos depois da Segunda Guerra Mundial, segundo o próprio povo americano, foi Harry Truman. Será que essa permanente briga pela liderança tem o objetivo de tornar o atual ocupante da Casa Branca o primeiro nesse quesito?

Os próximos meses vão ajudar a responder essa pergunta…

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