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Especialista em BRICS: 'Brasil deve ampliar relações com a China'

© Beto Barata/PRPresidente Michel Temer e Chefes de Estado e de Governo do BRICS
Presidente Michel Temer e Chefes de Estado e de Governo do BRICS - Sputnik Brasil
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As conversações bilaterais realizadas em paralelo à Cúpula dos BRICS em Goa levaram os analistas a discutir quais seriam as melhores parcerias comerciais do Brasil com os países do grupo: Índia, China ou Rússia?

A 8.ª Conferência de Cúpula dos BRICS, realizada em Goa, na Índia, no último fim de semana, reforçou no especialista Diego Pautasso a convicção de qual deve ser o principal parceiro do Brasil no grupo: “A China é este país. Apesar de se falar muito na Índia, creio que as atenções do Brasil devam focar na China.”

Segurança fazendo vigilância perto de um dos locais da realização da cúpula do BRICS em Goa, na Índia, 14 de outubro de 2016 - Sputnik Brasil
Sputnik convida BRICS para intercâmbio de informação

Especialista em BRICS, Diego Pautasso, que é professor da Universidade do Vale dos Sinos e do Colégio Militar de Porto Alegre, explica as razões pelas quais vê a China como principal parceiro do Brasil no bloco:

"Não há dúvida de que a Índia apresenta um crescimento econômico de grande potencial, mas minha tendência é achar que o relacionamento mais forte do Brasil, no âmbito dos BRICS, é com a China. Claro que desvinculado inteiramente dos aspectos estratégicos e ideológicos dos Governos Lula e Dilma Rousseff, mas um relacionamento voltado para as questões comerciais e de infraestrutura. A China é o segundo maior emissor de Investimento Externo Direto no Brasil e tem interesses vitais nos setores energético, agrícola e estratégico do Brasil. E o Brasil, por sua vez, tem todo o interesse em se relacionar com aquele mercado. Por isso, acredito num relacionamento prioritário do Brasil com a China dentro do grupo BRICS."

Em relação à Rússia, Diego Pautasso diz que o país tem, igualmente, grandes interesses no Brasil:

"Do ponto de vista político, a Rússia se apresenta como um contraponto à hegemonia dos Estados Unidos, privilegiando um relacionamento multilateral. Embora o Brasil de Michel Temer pareça estar mais inclinado a se voltar para Estados Unidos e Europa, não há dúvidas de que o Brasil jamais irá abrir mão das suas boas relações com a Rússia. Então, talvez não caiba falar em afastamento entre Rússia e Brasil, mas, sim, num período de amadurecimento das ligações entre os dois países."

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