Da mesma forma que outras grandes cidades do mundo – Paris, Roma, Amsterdã, Berlim, Varsóvia –, o Rio homenageou as vítimas da tragédia belga. A cidade iluminou o Cristo Redentor e o Estádio do Maracanã em vermelho e amarelo, cores que, com o preto, compõem a bandeira da Bélgica.
Os atentados que deixaram dezenas de mortos e centenas de feridos no aeroporto internacional e numa estação de metrô de Bruxelas chamaram mais uma vez a atenção mundial para a ameaça do terrorismo internacional, em particular nos países que estão para sediar grandes eventos, como é o caso do Brasil, que vai receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016.
“Nós estamos distraídos com outras coisas e não estamos nos preocupando com essa questão [do terrorismo], que é fundamental”, alerta Ricardo Cabral, professor de Relações Internacionais, colaborador da Escola de Guerra Naval e especialista em assuntos ligados ao extremismo.
“Olhamos muito para Curitiba [o centro da Operação Lava Jato] e não para as áreas de fronteira [a região de Foz do Iguaçu], áreas onde há grandes populações islâmicas, que têm com certeza membros radicalizados, que não são acompanhados com a devida preocupação a que os eventos de agosto [as Olimpíadas e Paralimpíadas] nos remetem. Isso é preocupante”, diz o especialista.
O Professor Ricardo Cabral observa que as organizações terroristas “têm um poder de arregimentação muito grande, pela religião, por clérigos radicais, e essa arregimentação ocorre em todo o mundo”.
“Nós recentemente tivemos a visita de um xeque saudita, Muhammad al-Arif, que andou por São Paulo, Paraná e Santa Catarina, falando com jovens islamizados e fazendo discursos extremamente radicais. Isso foi nas nossas barbas, e nós não fizemos nada. Isso na Europa não passa despercebido, é acompanhado com muito mais atenção.”
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